29 de outubro de 2012

Vitória em São Paulo: Petista Fernando Haddad é o novo prefeito da capital paulista

Ex-ministro da Educação nos governo Lula e Dilma vai governar a maior cidade do País

O petista Fernando Haddad, ex-ministro da Educação nos governos de Lula e Dilma Rousseff é o novo prefeito de São Paulo.
Haddad venceu o tucano José Serra com 56% dos votos válidos.

Trajetória de Fernando Haddad

O ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que ocupou a pasta entre julho de 2005 e janeiro de 2012, nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, é filiado ao PT desde 1983 e esta é a primeira eleição de sua vida pública. Antes desta campanha, as únicas experiências em urnas foram na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, na capital, quando cursava o terceiro ano e foi eleito vice-presidente do Centro Acadêmico 11 de Agosto em uma chapa encabeçada pelo jornalista Eugenio Bucci. No ano seguinte foi o presidente. Indicado por Lula para disputar a prefeitura paulistana, Haddad apareceu com apenas 3% das intenções de voto na primeira pesquisa, divulgada em maio pelo Ibope.

Para comparação, o adversário a ser batido então despontava com quase 40% das sondagens. Aos 70 anos, José Serra (PSDB) já havia disputado nove eleições, tendo vencido duas para deputado, uma para senador, uma para governador e uma para prefeito; e perdido duas à Presidência da República e outras duas à prefeitura – agora três, sendo que na reta final comportou-se mais como franco-atirador, interessado em preservar, para os que vierem depois dele, o que há de rejeição ao PT. Haddad estava ainda atrás de Paulinho da Força (PDT), Gabriel Chalita (PMDB), Soninha Francine (PPS), Netinho de Paula (PCdoB) e Celso Russomano (PRB). 

Nestes cinco meses o intelectual com sólida carreira acadêmica, e tido como gestor eficiente à frente do Ministério da Educação, foi perdendo o acanhamento e a falta de traquejo em campanha eleitoral e no corpo a corpo com os eleitores, ganhando pontos nas pesquisas, pedidos de autógrafo e também de fotografias junto a moradores durante comícios e caminhadas. O Haddad que teve seu nome exposto nas urnas eletrônicas do maior colégio eleitoral do país, neste domingo é, pelo menos um pouco, diferente daquele dos 3% que mal tinha companhia de militantes nas andanças pela cidade e era bastante desconhecido dos eleitores, principalmente da periferia. 
Paulistano, nasceu no dia do aniversário da cidade, 25 de janeiro, em 1963, e cresceu no bairro Planalto Paulista. Aos 18 anos entrou para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP). Também na USP, fez mestrado em Economia e doutorado em Filosofia. Filho de Khalil Haddad, libanês que deixou seu país com 22 anos de idade e imigrou para São Paulo em 1947, e de Norma Thereza Goussain Haddad, filha de libaneses, Fernando é o único homem entre as irmãs Priscila e Lúcia, uma mais velha e outra mais nova do que ele.

O pai era camponês no Líbano e estudou até os oito anos. Quando veio para São Paulo foi trabalhar como atacadista de tecidos na rua 25 de Março e depois de 11 anos no Brasil casou-se com Thereza. A mãe formou-se no curso de Magistério no Liceu Pasteur, onde aprendeu francês. Ela se casou com 20 anos e foi ser dona de casa. Encheu as estantes com as principais enciclopédias do mercado na época e fez de tudo para garantir boa educação aos filhos.

Haddad fez o ensino básico no Ateneu Ricardo Nunes e o secundário no Colégio Bandeirantes e sonhava em ser engenheiro. Mas acabou trocando os cálculos pelos códigos de leis quando seu pai perdeu a casa ao se ver envolvido por um golpe de um estelionatário. A difícil situação da família fez Haddad prometer a si mesmo que não queria passar por uma situação similar. “O caminho para isso dava no Largo de São Francisco, onde se encontra a velha Academia de Direito. E para lá eu fui.” Em 1988, depois de formado e aos 25 anos casou-se com a dentista Ana Estela Haddad. Quatro anos depois o casal teve o primeiro filho, Frederico. Em 2000 nasceu Ana Carolina.
Atuou em incorporação e construção civil, foi analista de investimento, professor no Departamento de Ciência Política na USP, consultor na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Nesse ínterim, em 1997, a família se desfez do negócio mantido na Rua 25 de Março, por conta de problemas de saúde do pai.
Em 2001, convidado por João Sayad, então secretário de Finanças na Prefeitura de São Paulo na administração de Marta Suplicy, Haddad, assume a chefia de gabinete da Secretaria. Trabalhou na estratégia de escalonamento dos débitos junto aos credores e ajudou a organizar as finanças municipais, o que permitiria a retomada da capacidade de investimento depois de dois anos de mandato. Em 2003, deixou a prefeitura para se tornar assessor especial no Ministério do Planejamento, sob o comando do então ministro Guido Mantega, atual ministro da Fazenda.

Em 2004 assumiu o posto de secretário-executivo no Ministério da Educação – função logo abaixo da do ministro na hierarquia do órgão, então comandado por Tarso Genro, atual governador do Rio Grande do Sul. Na verdade, ministro responde pelo comando político na estrutura de um ministério; e secretário-executivo responde pela gestão operacional. Haddad estava para Genro como Dilma, chefe da Casa Civil, estava para o então presidente Lula.
Com a ida de Tarso Genro para o Ministério da Justiça, em 2005, Haddad assumiu o comando da Educação.

Ali criou o Programa Universidade Para Todos (Prouni), que atendeu a mais de 1 milhão de estudantes desde que foi implementado, em 2005, até o segundo semestre de 2012, e a maioria (67%) com bolsa de estudo integral. No período em que Haddad esteve no ministério, as vagas no ensino superior público federal passaram de 139,9 mil em para 218,2 mil, foram criados 126 campus universitários federais, 214 escolas técnicas e 587 polos de educação à distância. O número de formandos cresceu 195% nos últimos dez anos. Haddad foi um dos poucos ministros da era Lula mantido pela presidenta Dilma, eleita em 2010. Só deixou o posto no início deste ano para participar da disputa pela sucessão paulistana.

(Com informações da Rede Brasil Atual)

26 de outubro de 2012

Eleitor ainda pode denunciar crimes ao Ministério Público Eleitoral

Eleitor ainda pode denunciar crimes ao Ministério Público EleitoralTerminado o período eleitoral, continuam em andamento as investigações contra diversos candidatos que descumpriram a lei durante a campanha política. O Ministério Público Eleitoral (MPE) pode ajuizar ações até a data da diplomação dos eleitos, que deve ocorrer até 19 de dezembro.

A instituição conta com 173 promotores espalhados pelo Rio Grande do Sul, um em cada zona eleitoral. Grande parte dos casos investigados partiu da própria população e envolve propaganda irregular, compra de votos, abuso do poder econômico ou até utilização da máquina pública. Pela internet, o MPE recebeu quase 1,3 mil denúncias.

“Muitas vezes passa pela cabeça das pessoas que a votação terminou e que não há mais possibilidade de nenhuma medida. Mas existe uma série de ações eleitorais que podem ser ajuizadas antes da diplomação, ou mesmo algum tempo depois, que buscam atacar as situações de ilicitudes que tenham violado as normas relativas à transparência do pleito, à preservação da vontade do eleitor”, explica o coordenador do Gabinete de Assessoramento Eleitoral (Gael) do MPE, José Francisco Seabra Mendes Júnior.
O MPE recebe denúncias pelo telefone: (51) 3295.1461. Também é possível utilizar a internet, preenchendo o formulário eletrônico disponível no site www.mp.rs.gov.br/gael/denuncia ou enviando e-mail para denunciaeleitoral@mp.rs.gov.br. O denunciante pode, ainda, entrar diretamente em contato com o promotor eleitoral que atua na localidade.

Artigo: O PT e os teimosos fatos, por Elvino Bohn Gass

Um dos bons debates que se trava no Brasil atual diz respeito ao comportamento dos grandes veículos de comunicação. Discussão que só não se amplia porque é interditada por quem mais poderia se beneficiar dela, a própria mídia. Em alguns países, contudo, esta contenda fez nascer mecanismos de controle público tão positivos que, recentemente, grandes conglomerados de mídia fecharam suas portas porque, simplesmente, não cumpriam o dever de informar.


Se a imprensa trabalha com fatos, é adequado que a analisemos a partir daquilo que deveria ser sua matéria-prima: os fatos.
A eles, então:
Dias antes do primeiro turno da eleição municipal, o colunista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, afirmava: “...Serra e Haddad subestimaram Russomano; custaram a perceber que ele era mais do que se havia imaginado…”.
O fato: Russomano ficou fora do segundo turno. Para ficar no mesmo verbo, a Folha subestimou os vencedores do primeiro turno.
No jornal Estado de São Paulo, Dora Kramer sentenciava: “...Lula não é mais aquele, sua liderança se esvai e sua influência míngua…” O mesmo Estadão, em editorial do dia 30 de setembro, sob o sugestivo título “Lula está definhando?” via o seguinte cenário:  “...o esfarelamento petista nas eleições municipais, resultante da mão pesada de Lula…” E no Globo, Merval Pereira previa: “...a mais complicada eleição paulistana pode acabar deixando de fora da disputa Fernando Haddad, o candidato que o ex-presidente tirou do bolso de seu colete, outrora considerado milagreiro. Terá sido a primeira vez em que o PT não disputará o segundo turno na capital paulista, derrota capaz de quebrar o encanto que se criou em torno das qualidades quase mágicas do líder operário tornado presidente…”
Tivemos, também, Cláudio Humberto, categórico: “...apadrinhado de Lula, Haddad esperava atropelar Serra com a entrada da presidente Dilma e de Marta Suplicy na campanha. Deu chabu…” e “...o comando petista acha que Haddad empacou porque o escândalo do mensalão virou campeão de audiência no horário eleitoral gratuito…”. Mais: Marco Antonio Villa garantia: “...o grande perdedor é o Lula. Até agora, ele fracassou em suas principais movimentações. Se a candidata fosse Marta Suplicy em São Paulo, ela estaria no segundo turno…”

Governo Tarso duplica repasses de recursos para hospitais filantrópicos, revela Pont

Foto: Em 22 meses, o governo Tarso duplicou os recursos destinados aos hospitais filantrópicos. Até outubro de 2012, o segmento contou com um aporte de R$ 410 milhões. Nos quatro anos da administração passada, foram disponibilizados R$ 195 milhões para estas instituições, que alegam operar com um prejuízo anual de R$ 310 milhões. A comparação foi apresentada pelo deputado Raul Pont (PT) durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (25) na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa que discutiu a situação do segmento hospitalar.

O parlamentar revelou, ainda, que o orçamento para o próximo ano reserva mais de R$ 400 milhões para os 239 hospitais filantrópicos gaúchos.


O presidente do Sindicato dos Hospitais Filantrópicos, Júlio Matos, alega que o endividamento do setor já ultrapassa R$ 1,2 bilhão. “As dificuldades não são de hoje. Vêm de longa data e ameaçam a existência destas instituições”, afirmou.


O secretário adjunto de Saúde, Elemar Sand, reconheceu a importância do trabalho dos hospitais filantrópicos e defendeu a mudança da estratégia na saúde a partir do fortalecimento da atenção básica. “É preciso planejar melhor a gestão, atuar em conjunto e fortalecer, como já estamos fazendo, a rede de atenção básica à saúde para que ela possa absorver casos que hoje são repassados aos hospitais. Do contrário, poderemos passar a investir 20% no setor e continuaremos enfrentando os mesmos problemas”, frisou.


Além dos repasses previstos no orçamento, os filantrópicos contam com uma linha especial de financiamento com juros subsidiados pelo Estado. O Fundo de Apoio e Recuperação dos Hospitais do Estado do Rio Grande do Sul (Funafir) tem disponível no Banrisul cerca de R$ 85 milhões para empréstimos aos hospitais. O juro é de 1,5% ao mês, sendo que o Estado arca com 50% do custo.

16 de outubro de 2012

Eleições 2012: – Resultados, prefeitos e vices do PT/RS

O Partido dos Trabalhadores é o partido que mais recebeu votos em todo o Rio Grande do Sul.

O PT gaúcho totalizou 1 milhão, 446 mil, 655 votos, chegando a 72 prefeituras e elegendo 83 vice-prefeitos – 12 em chapa pura PT/PT e 73 coligado com outros partidos. Com este resultado, ao PT alcança o índice de crescimento proposto pelo Grupo de Trabalho Eleitoral como meta para 2012 de 20%. O PT passa de 61 prefeitos eleitos em 2008, para 72 em 2012.
O partido também cresceu nas câmaras municipais, passando de 519 para 656 vereadores e vereadoras.
Ao analisar o desempenho do PT gaúcho nas eleições, o presidente do partido, deputado Raul Pont destacou a militância do PT. “É preciso reconhecer o empenho e a garra dos milhares de militantes que muitas vezes sem condições materiais defenderam nosso projeto nas ruas, garantindo o crescimento de nosso partido”, frisou. Para o líder petista, o desempenho do PT foi bom, ao passar de 60 para 72 prefeituras e eleger mais de 650 vereadores no Rio Grande do Sul. “O PT é o partido que mais recebeu votos nas chapas majoritárias que encabeçou, atingindo mais de 1,45 milhões de votos. Tivemos no estado um desempenho equivalente ao registrado em nível nacional, onde conquistamos 624 municípios”, contabilizou.
O PT/RS elegeu 111 vereadoras, alcançando um crescimento de 65%, comparado a eleição de 2008. Conforme, a Secretária Geral do PT/RS, “o número é o resultado da exigência de paridade na nominata dos candidatos e demonstra a força e a vitalidade das mulheres na política”, conclui Eliane Silveira. Para a dirigente, o PT que trabalha com o slogan “Lugar de Mulher é na Política” e fez campanha com material específico de gênero, “acertou em apoiar as candidaturas femininas” e destaca, “o partido é pioneiro na aprovação de normas estatutárias que garantiram a participação das mulheres em suas chapas”. Eliane Silveira destaca ainda, a eleição de  quatro prefeitas e seis vice-prefeitas pelo partido no Estado, como resultado positivo da estratégia eleitoral, aprovada no GTE, de trabalhar de forma pontual a candidatura das mulheres. Tratando das políticas públicas e de propostas específicas de gênero para o debate municipal.
Municípios onde o PT elegeu prefeitas, Nova Santa Rita,  Torres, Guarani das Missões e  Itatiba do Sul. As vices, Ajuricaba,  Alegrete, Arroio dos Ratos,  Cachoeira do Sul,  Lavras do Sul e Salto do Jacuí
 
Confira na lista abaixo
A Juventude Petista comemora a eleição de Gislaine Ziliotto. A petista, com 17 anos, foi a mais votada no município de Ipê. Outra representante da JPT, Marina Braatz, foi eleita vereadora em Pontão, e completa 18 anos antes de assumir o mandato. Para a Secretária de Juventude do PT/RS, “a eleição destas companheiras e tantos outros petistas demonstra a força da juventude do partido, sua organização no Estado e contraria a afirmação de muitos de que os jovens não se interessam por política”. “Sim, os jovens tem projetos e proposta para as suas cidades e estão dispostos a lutar por elas”, argumenta Iris de Carvalho.
O PT gaúcho também fez 17 prefeituras nos 50 maiores municípios.
Somado, campo democrático e popular (PT – PDT – PSB – PTB), base aliada do governo estadual, alcançou a vitória em 31 dos 50 maiores municípios. Se considerarmos a base de apoio da presidenta Dilma este número sobe para 44 municípios.

PREFEITOS (AS) DO PT ELEITOS(AS) EM 2012

Eleições 2012 em Camaquã "O Rei Está Nú" - Por Tiago Centeno

"O REI ESTÁ NU !"...Convido meus caros amigos a refrescar a memória lembrando um conto do dinamarquês Hans Christian Andersen, escrito em 1837, que aos meus olhos é um paralelo excelente para a análise do motivo central que leva João Carlos Machado (JCM) à vitória em Camaquã. Andersen contava que um bandido, anunciando-se alfaiate de terras longínquas, afirma ao rei que poderia fazer um traje muit
o bonito e caro, mas que somente os bastante astutos e inteligentes poderiam enxergá-lo. O rei, do alto de sua vaidade, gostou da proposta e assim pediu que o alfaiate fizesse uma roupa dessas para ele.O meliante recebeu de vossa alteza numerosos baús repletos de jóias, rolos de linha de ouro, seda e os mais diversos materiais raros e exóticos, necessários, segundo o bandido, para a confecção da roupa. Ele escondeu todos os tesouros e passou dias em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis, que todos alegavam ver, receosos de parecerem estúpidos.Eis que, em um determinado dia, o rei cansa e ordena a um de seus ministros que tragam o falso alfaiate e o trabalho prometido.A mesa de trabalho vazia, apontada pelo falso tecelão, recebeu as seguintes exclamativas do rei: “Que maravilhosas vestes ! Que belo trabalho !”, embora não houvesse nada além de uma modesta mesa, pois admitir que nada via seria a admissão, diante de seus súditos, que não possuía inteligência e capacidade necessária para ocupar o trono.A nobreza que o cercava fingia incontida admiração pelo trabalho do bandido, passando assim a falsa idéia de competência e capacidade. O charlatão acertou que as roupas em breve estariam prontas e o rei anunciou uma grande parada na cidade para apresentar ao povo as vestes especiais. Em meio à multidão “crédula”, uma criança desmascara a farsa: “O rei está nu !”. A manifestação, escutada por todos, tem como sequência um rei que se encolhe, desconfiando da veracidade da afirmação, mas segura a pose e segue a procissão.
 
Camaquã assistiu, no último pleito municipal, a vitória constrangedora de JCM, que arranca para a disputa como largo favorito e encerra a campanha com mísero 1% de diferença diante de Copes. A nobreza e seus súditos fiéis consideravam o rei imbatível e a reta final do processo revelou que a maioria da população camaqüense rejeitou vossa alteza – a soma dos votos de José Carlos Copes e Fábio Renner suplantam a votação de JCM. Ancorado no mantra da honestidade e da competência, tendo como bordão o arrogante “Todos por Camaquã”, JCM desconfia que a campanha começa a fazer água. Após sentir o golpe da população que compra a idéia do “prefeito de meio mandato” e anunciar desastrosamente a venda da prefeitura municipal, caso eleito, o rei e seus ministros detectam o forte crescimento de Copes e partem para um silencioso ataque, que se agudiza na última semana que antecede o pleito. A cartilha da moral e dos bons costumes é rasgada para garantir a vitória.Vandalismo (destruição de placas dos adversários por sua militância), agressões promovidas por seus militantes, mentiras ( quem não lembra do comício de 8.000 pessoas e da pesquisa manipulada ?), uso da máquina ( patrolamentos coincidentes com a realização de seus comícios ), denúncia de crime eleitoral ( distribuição de cestas através da prefeitura), tentativas de impugnação de Copes às vésperas da eleição, uso e abuso do poder econômico ( comprou e distribuiu gratuitamente tiragem extra de um tablóide local, cuja edição sonegava informações da oposição ) e o próprio candidato invadindo as secções eleitorais no dia da eleição, criando sério constrangimento ao eleitor, são alguns episódios promovidos.Imagine o mais que não pode ter ocorrido e o que se encontra, ainda, encoberto, quando sobram recursos e faltam escrúpulos. 
 
Assim, o resultado refletiu a ação bárbara e desesperada de JCM. Alguns pretensos ingênuos, companheiros de jornada e campanha do rei alegam que os números finais revelam a vontade da maioria ( ? ), o reflexo do mensalão ( ? ) e a extrema competência ( ? ) do mesmo. Acredite se quiser. Estamos diante de um governo que iniciará quebrando, em campanha, a promessa de um padrão de seriedade e zelo com a coisa pública, para decepção dos camaqüenses. Pede agora que o ódio - atitude que partiu de seus militantes - fique para trás, e que todos trabalhem por Camaquã, atribuindo para si o papel de pacificador. Vossa alteza não pode continuar pensando que no reino não existe trajes melhores que os seus, desejando que todos vejam nele o mais bem vestido cidadão de Camaquã. A roupa caiu – junto com o rótulo de baluarte da moral e da ética. A cidade merece uma explicação.