A Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI)
organiza a missão governamental e empresarial, que estará na
Grã-Bretanha, entre os dias 7 e 10 de maio. O objetivo é prospectar
negócios, firmar acordos de cooperação técnica e trazer novas
oportunidades comerciais para o Rio Grande do Sul, principalmente nos
setores voltados à petroquímica, infraestrutura, petróleo e gás
(indústria naval), indústria farmacêutica e indústria criativa
(aplicativos de tecnologias móveis, audiovisual).
Os pontos de
destaque do roteiro são um seminário sobre oportunidades de negócio com o
Estado e a assinatura de um acordo de cooperação com a empresa
petrolífera British Gas. A comitiva será composta por representantes do
Governo do Estado, de instituições acadêmicas (Feevale, PUCRS e UFRGS) e
empresários. De acordo com o titular da SDPI, Mauro Knijnik, desde o
ano passado vem ocorrendo a preparação deste projeto, com viagens
prospectivas e de precursoria. "O intuito da missão é conectar o Estado à
onda de investimentos globais, mostrando as potencialidades do RS, a
partir de um trabalho conjunto com as instituições empresariais, com as
universidades e com os parques tecnológicos", avaliou. Segundo Knijnik, a
lógica do processo é construir oportunidades para atrair investimentos
de fora, fomentar as atividades locais, por meio de parcerias, e criar
novas rotas de oportunidades numa visão internacional de mercado.
Roteiro
Entre
os eventos agendados está a realização do Seminário "Doing Business in
Rio Grande do Sul", no dia 8 de maio, em Londres. O encontro, que irá
expor as possibilidades de negócios e de investimentos no RS, será
aberto pelo governador Tarso Genro, com a participação do embaixador do
Brasil no Reino Unido, Roberto Jaguaribe, e do secretário Mauro Knijnik.
Os painéis temáticos destacam os setores petroquímico, investimento
para infraestrutura, indústria criativa, indústria farmacêutica e
energia (petróleo e gás e indústria oceânica).
Na mesma data,
ocorrerá a assinatura de acordo de cooperação entre o Executivo gaúcho e
a British Gas visando estimular a transferência de tecnologia. A
solenidade ocorrerá na sede mundial da companhia, principal sócia da
Petrobras no
Pré-Sal e uma das maiores investidoras no segmento offshore. "Os investimentos
previstos são da ordem de U$ 40 bilhões até 2020, sendo destes cerca de
U$ 2 bilhões dirigidos para centros de pesquisa e fornecedores como
contrapartida
das concessões petrolíferas", informa o presidente da Agência Gaúcha de
Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Marcus Coester.
Conforme
o dirigente, as oportunidades de investimento são variadas, incluindo o
setor produtivo de plataformas e equipamentos, treinamento
profissional, centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em
diversas áreas, além de uma abrangente pauta de responsabilidade social
que envolve escolas de Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Já no
dia 9 de maio, o governador e líderes da comitiva participam de um café
da manhã com um grupo anglo-brasileiro no Parlamento inglês. Logo após,
haverá uma mesa redonda com um grupo de 25 executivos do centro
financeiro londrino, a convite do prefeito de Londres, Alderman
Wooton. A mediação do encontro será feita pelo vice-presidente do BRDE,
Carlos Henrique Horn, com a participação dos presidentes do Banrisul,
Túlio Zamin, e do Badesul, Marcelo Lopes, membros do Sistema de
Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul.
Tecnologia
A
representação rio-grandense também visitará a cidade olímpica, empresas
farmacêuticas e conhecerá o Google Campus, na Tech City, uma
concentração de companhias da área da tecnologia, informática e
criatividade localizada na capital inglesa. Na oportunidade, haverá a
assinatura de memorando de entendimento/cooperação de negócios entre o
Tecnopuc, AGDI, United Kingdom Trade Investment e a Tech City.
Indústria naval
No
dia 10, a delegação estará em Aberdeen, na Escócia, onde participará do
encontro "III Brazil-UK Oil & Gas Meeting". O evento, focado na
indústria naval, debate a cooperação em recursos humanos e o
desenvolvimento de competências. Em setembro de 2011, o presidente da
AGDI, Marcus Coester, esteve na Escócia, onde manteve várias reuniões
com empresários do setor. "O aumento gradual no rigor do conteúdo
nacional nos produtos da indústria de Petróleo e Gás, estabelecido pela
Agência Nacional do Petróleo (ANP), está causando uma grande mobilização
para as empresas estrangeiras instalarem unidades produtivas no Brasil
ou buscarem associações com empresas brasileiras", ponderou Coester.
Já
o secretário da SDPI, Mauro Knijnik, destacou que indústria oceânica é
uma das prioridades da Política Industrial do Estado. "A estratégia é
aproveitar o potencial hídrico do Estado para ampliar o conceito
geográfico de polo naval, atraindo investimentos também para as cidades
que estão à margem da Lagoa dos Patos e do Delta do Jacuí", observou o
secretário.
Texto: Soraia Hanna
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305