30 de abril de 2012

Brizola Neto é o novo ministro do Trabalho do governo Dilma


Da Redação
Agência CâmaraO deputado federal do PDT Brizola Neto (RJ) foi o escolhido pela presidenta Dilma Rousseff para assumir o comando do Ministério do Trabalho. A pasta está ocupada interinamente, desde dezembro, por Paulo Roberto Pinto, ex-secretário executivo do ministério. A informação foi passada pelo líder do PDT na Câmara e vice-presidente da legenda, deputado André Figueiredo (RJ). Em seguida, Dilma Rousseff liberou nota oficial confirmando a indicação.  Segundo informações do Palácio do Planalto, a posse do novo ministro deverá ocorrer na quinta-feira (3), às 11h.
Segundo Figueiredo, a decisão foi tomada depois de uma reunião, pela manhã, entre Dilma, o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Estavam na lista da legenda, além de Brizola Neto, o deputado Vieira da Cunha (RS) e o secretário-geral do partido, Manuel Dias – ambos à frente de Brizola na lista de preferências do próprio PDT. Dilma, no entanto, preferia o nome de Brizola Neto e isso acabou pesando de forma decisiva. “É uma decisão pessoal da presidenta. Dentro do partido não é o que agrada mais”, confirmou André Figueiredo.
Em nota oficial, a presidenta Dilma manifestou confiança de que Brizola “prestará grande contribuição ao país” no novo posto. Além disso, Dilma agradeceu a “importante colaboração” do ex-ministro Carlos Lupi e do interino Paulo Roberto dos Santos Pinto, que vinha exercendo o comando da pasta desde dezembro, quando Lupi deixou o posto em meio a denúncias de corrupção e má gestão.
Abaixo, a íntegra da nota que confirma Brizola Neto como novo ministro do Trabalho:

Nota à Imprensa
A presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou hoje o deputado Brizola Neto para assumir o Ministério do Trabalho e Emprego. A presidenta manifestou confiança de que Brizola Neto, ex-Secretário de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, ex-vereador e deputado federal pelo PDT, prestará grande contribuição ao país.
A presidenta agradeceu a importante colaboração do ex-ministro Carlos Lupi, que esteve à frente do Ministério no primeiro ano de seu governo, e do ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Ministro é o mais jovem do governo Dilma

Aos 33 anos, Carlos Daudt Brizola, cujo nome político é Brizola Neto, é o mais jovem ministro do governo da presidenta Dilma Rousseff. Neto do ex-governador Leonel Brizola (morto em 2004), ele nasceu em em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e está no seu segundo mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro.
“O nome que carrego é uma bandeira. É um símbolo para milhões de pessoas que sonham com um Brasil diferente, com um Brasil com justiça, com trabalho, com progresso para nosso povo. Defender este país é ser nacionalista; defender este povo é ser trabalhista. E lutar por isso a vida inteira, sem jamais esmorecer, é ser Brizola”, define-se o parlamentar em uma autobiografia publicada em seu blog na internet (http://www.tijolaco.com/).
Mesmo sem vencer as últimas eleições parlamentares, em 2010, Brizola Neto voltou à Câmara dos Deputados como suplente do deputado Sergio Zveiter (PSD). Ligado ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), Zveiter deixou a Câmara para assumir a Secretaria de Trabalho e Renda do Rio, cargo que anteriormente era ocupado por Brizola Neto.
Em 2009, Brizola Neto foi líder do PDT na Câmara. Na sua trajetória política, exerceu ainda o cargo de vereador pelo município do Rio de Janeiro, em 2004. No seu blog, ele diz que começou sua vida política, aos 16 anos, ao lado do avô.
Brizola Neto dedica boa parte dos textos publicados na internet para defender as investigações de irregularidades envolvendo o empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Cachoeira, o Carlinhos Cachoeira. Além disso, ele apoia a candidatura do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à reeleição e critica a imprensa, a qual considera tendenciosa.

Com informações da Agência Brasil e Blog do Planalto

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