Os gastos do governo federal em políticas sociais passaram de R$  219,7 bilhões em 1995 para R$ 541,3 bilhões em 2009, um aumento de 146%,  de acordo com estudo divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto de  Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo os dados, em 1995, os gastos  sociais federais representavam 11,24% do Produto Interno Bruto (PIB)  brasileiro. Em 2009, o percentual chegou a 15,8%, o maior patamar  verificado nos 15 anos analisados.
  Segundo o técnico de Planejamento e Pesquisa do instituto José  Aparecido Carlos Ribeiro, o estudo leva em consideração áreas como  Previdência Social, saúde, educação, emprego e defesa do trabalhador e  assistência social, além de setores como alimentação e nutrição,  cultura, desenvolvimento agrário, habitação e urbanismo e saneamento. “A  discussão de políticas públicas sociais envolve qualidade de vida e  como isso interfere na vida das pessoas”, destacou Ribeiro.
  Ele ressaltou que, apesar da forte crise financeira internacional e  de a economia brasileira ter entrado em recessão em 2009, os gastos  sociais federais continuaram crescendo – mesmo com a mautenção do PIB.
A explicação do Ipea é que diversas políticas sociais foram  aceleradas e intensificadas como parte da reação brasileira à crise. O  diretor de Estudos e Políticas Sociais do instituto, Jorge Abrahão,  lembrou que a manutenção da política de valorização do salário mínimo,  por exemplo, teve impactos diretos sobre o mercado de trabalho e sobre a  renda dos trabalhadores, afetando áreas como a Previdência Social e a  assistência social.
Os limites de renda para inclusão no Programa Bolsa Família também  foram reajustados no mesmo período. “Essas intervenções permitiram,  mesmo em um momento de crise, manter a trajetória de expansão das  políticas sociais e dos recursos que as financiam”, ressalta o  documento. Segundo o estudo, a decisão de sustentar essas políticas  públicas também auxilia na recuperação econômica.
 
 
 
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