Por volta das 19h desta quinta-feira, foi assinada a ata que assegura
o acordo entre Petrobras e QGI para manter em Rio Grande a construção das plataformas P-75 e P-77.
O acerto havia sido definido no início da tarde, mas demorou mais
algumas horas para ser formatado e oficializado. As informações são do
prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, que está em contato
direto com Roberto Moro, diretor de Serviços da Petrobras.
O contrato de US$ 1,6 bilhão havia sido firmado em setembro de 2013,
com a presença da presidente Dilma Rousseff no Palácio Piratini. No
entanto, para adequar o projeto básico a QGI havia pedido aditivos
estimados em 8% do valor total do contrato, que a Petrobras resistia em
aprovar.
A empresa chegou a devolver o contrato à Petrobras,
que abriu uma rodada interminável de negociações, mas estava difícil de
chegar a um acordo. Ainda não há detalhes sobre os termos combinados,
mas a empresa confirma o acerto e deve em breve divulgar nota sobre o
caso. Informalmente, se fala em flexibilizações de parte a parte.
As negociações foram tensas, com vários momentos de rompimento e
reconciliação, que tiveram intermediação de várias forças políticas. A
QGI era um consórcio formado por Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás, mas
com a recuperação judicial da Inepar, holding da Iesa, a
responsabilidade pela obra ficou praticamente apenas nas mãos da Queiroz
Galvão.
Segundo o coordenador do comitê de competitividade em petróleo e gás
da Fiergs, Marcus Coester, assessores da diretoria da Petrobras haviam
dado sinais, há alguns dias, de que a possibilidade de manter o contrato
no Estado havia sido aberta. Um dos motivos, explicou, foi o cálculo de
que relicitar as duas plataformas implicaria atraso adicional de 18
meses, e a receita obtida com a operação seria de US$ 5 milhões ao dia.
Ou seja, o atraso retiraria um ganho ao redor de US$ 2,7 bilhões da
Petrobras – valor maior do que o próprio contrato.
Fonte: ZH
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