Três meses após a plantação, os dois mil pés de pepino garantiram a
colheita de 4,5 toneladas, que foram comercializadas para mercados
vizinhos ao município e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA),
programa que tem a participação do MDA como articulador. A venda do
pepino gerou uma renda líquida para o agricultor, na safrinha, de mais
de R$ 2,5 mil.
"A venda gerou mais renda para a família. Com o pepino, gastamos menos do que com o fumo e ainda tivemos esse lucro, que vai aumentar, porque o plantio é mais barato. O pepino já começa a dar retorno 30 dias após plantado, e a colheita pode ser feita em três safras durante o ano. Com o fumo, a renda não atinge o mesmo valor se for dividir o lucro líquido da safra toda no mesmo período de três meses", garante o agricultor, festejando a diversificação.
Essa realidade era algo distante para a família de Alex. Antes da diversificação eles contavam apenas com a renda anual do plantio de 70 mil pés de fumo. Agora, o número caiu para 50 mil pés. "Temos que diminuir o fumo para dar conta das outras plantações. O fumo é um trabalho que exige muitas horas. Com o pepino o serviço é mais leve, não precisamos trabalhar à noite", desabafa.
Família unida no processo de diversificação
Além de Alex, mais três pessoas da família trabalham nas lavouras: a sua mulher, Patrícia Studzinski Gawlinski, 22 anos; o sogro, Geraldo Mariano Studzinski, 56 anos; e a sogra, Carmem Luiza Studzinski, 50 anos. Todos compartilham da mesma opinião: o processo de diversificação proporcionou um trabalho menos árduo. Além da safra de pepino, a família de Alex conta com um parreiral. Em 2013 eles colherão a primeira safra de uva, o equivalente a meio hectare. O mercado para a comercialização do produto já está garantido por meio do PAA.
Um dos motivos que levou a família do agricultor a diversificar a produção está relacionado à queda no preço do quilo do fumo. "Cada ano que passa parece que fica mais difícil conseguir unir a qualidade com a quantidade", conta Alex. Manter a qualidade da saúde da família também motivou a mudança. "A diversificação melhora nossa qualidade de vida. O plantio de alimentos é diferente. O fumo exige mais trabalho e é mais cansativo", enfatiza Patrícia. Já dona Carmem deseja abandonar o fumo. "Desde os 12 anos planto fumo, não tenho mais saúde para trabalhar nas lavouras. A diversificação tornou o serviço mais leve. Minha vontade agora é plantar só verdura e fruta", confessa.
Hoje, além da uva, do pepino e do fumo, a família planta milho e cria alguns animais para a subsistência da casa. "Eu sempre gostei do campo e agora vai ficar melhor ainda com essa diversificação, dá mais ânimo para trabalhar na lavoura", conta Alex. "É uma boa plantar de tudo um pouco. O pepino rendeu bem. Trabalhar com diversificação da plantação é garantia de renda o ano todo", conta seu Geraldo.
Há três anos Alex ganhou mais um reforço para atuar na atividade diária de agricultor familiar. Ele e seu sogro decidiram adquirir um financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), linha de crédito disponibilizada pelo MDA por meio da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF). Juntos, conseguiram um crédito para investimento, a juros baixos, para a aquisição de equipamentos e implementos agrícolas: uma grade para o trator, um subsolador e um reboque.
Experiências
Coordenado pelo MDA, através da SAF, o Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com o Tabaco concede aos agricultores familiares produtores de fumo acesso à assistência técnica e extensão rural para produção de alimentos como alternativa economicamente viável à cultura do tabaco. A partir de cursos de capacitação, fomenta o acesso à informação e apoia na comercialização. O programa também apoia o desenvolvimento de pesquisas em parceria com universidades federais e estaduais, que apontam a realidade desses produtores em relação a danos ambientais e na saúde decorrentes da produção.
"A ideia é aproveitar todas as experiências exitosas que vêm sendo desenvolvidas nas propriedades rurais do município e multiplicá-las em outras localidades, respeitando sempre as identidades territoriais", explica Adriana Gregolin, coordenadora do programa.
Em 2011, a SAF publicou uma chamada pública no valor de R$ 11,4 milhões para prestar assistência técnica a dez mil famílias fumicultoras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Sergipe, Alagoas, Paraíba e Bahia. Em Dom Feliciano, a chamada vai beneficiar 160 famílias, com o intuito de propiciar ajuda técnica para a diversificação da produção e renda.
Além disso, para orientar os agricultores no processo de diversificação, um grupo de técnicos da assistência técnica e extensão rural, vinculados à Prefeitura Municipal de Dom Feliciano e à Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável, auxilia os agricultores do município. São agrônomos, veterinários e especialistas em áreas como a de produção de uva, construção de hortas ecológicas e criação de animais.
"Eu comecei a trabalhar com o fumo ainda criança, com meus pais. Depois me casei e vim morar na propriedade do meu sogro. Foi quando conheci os projetos de diversificação da prefeitura de Dom Feliciano. Comecei plantando um pouco de uva, depois plantei o pepino. Eu não estava preparado para diversificar, mas, com a ajuda dos técnicos, deu certo", esclarece Alex.
Diversificação
O Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco foi criado em 2005, quando o Brasil ratificou a Convenção-Quadro para o Controle de Tabaco (CQCT), e atende aos artigos 17 e 18 da convenção (que estimula o apoio a atividades alternativas economicamente viáveis). A convenção é o primeiro tratado internacional de saúde pública, que conta com a subscrição de 174 países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) e orienta a implantação, pelos países signatários, de políticas públicas que apoiem o combate ao tabagismo, considerado pela OMS uma epidemia não transmissível e mundial. No Brasil há cerca de 70 projetos de pesquisa, capacitação e assistência técnica e extensão rural (Ater) em apoio à diversificação para apoiar mais de 80 mil agricultores familiares. Juntos, esses projetos representam perto de R$ 17 milhões disponibilizados pelo MDA.
"A venda gerou mais renda para a família. Com o pepino, gastamos menos do que com o fumo e ainda tivemos esse lucro, que vai aumentar, porque o plantio é mais barato. O pepino já começa a dar retorno 30 dias após plantado, e a colheita pode ser feita em três safras durante o ano. Com o fumo, a renda não atinge o mesmo valor se for dividir o lucro líquido da safra toda no mesmo período de três meses", garante o agricultor, festejando a diversificação.
Essa realidade era algo distante para a família de Alex. Antes da diversificação eles contavam apenas com a renda anual do plantio de 70 mil pés de fumo. Agora, o número caiu para 50 mil pés. "Temos que diminuir o fumo para dar conta das outras plantações. O fumo é um trabalho que exige muitas horas. Com o pepino o serviço é mais leve, não precisamos trabalhar à noite", desabafa.
Família unida no processo de diversificação
Além de Alex, mais três pessoas da família trabalham nas lavouras: a sua mulher, Patrícia Studzinski Gawlinski, 22 anos; o sogro, Geraldo Mariano Studzinski, 56 anos; e a sogra, Carmem Luiza Studzinski, 50 anos. Todos compartilham da mesma opinião: o processo de diversificação proporcionou um trabalho menos árduo. Além da safra de pepino, a família de Alex conta com um parreiral. Em 2013 eles colherão a primeira safra de uva, o equivalente a meio hectare. O mercado para a comercialização do produto já está garantido por meio do PAA.
Um dos motivos que levou a família do agricultor a diversificar a produção está relacionado à queda no preço do quilo do fumo. "Cada ano que passa parece que fica mais difícil conseguir unir a qualidade com a quantidade", conta Alex. Manter a qualidade da saúde da família também motivou a mudança. "A diversificação melhora nossa qualidade de vida. O plantio de alimentos é diferente. O fumo exige mais trabalho e é mais cansativo", enfatiza Patrícia. Já dona Carmem deseja abandonar o fumo. "Desde os 12 anos planto fumo, não tenho mais saúde para trabalhar nas lavouras. A diversificação tornou o serviço mais leve. Minha vontade agora é plantar só verdura e fruta", confessa.
Hoje, além da uva, do pepino e do fumo, a família planta milho e cria alguns animais para a subsistência da casa. "Eu sempre gostei do campo e agora vai ficar melhor ainda com essa diversificação, dá mais ânimo para trabalhar na lavoura", conta Alex. "É uma boa plantar de tudo um pouco. O pepino rendeu bem. Trabalhar com diversificação da plantação é garantia de renda o ano todo", conta seu Geraldo.
Há três anos Alex ganhou mais um reforço para atuar na atividade diária de agricultor familiar. Ele e seu sogro decidiram adquirir um financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), linha de crédito disponibilizada pelo MDA por meio da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF). Juntos, conseguiram um crédito para investimento, a juros baixos, para a aquisição de equipamentos e implementos agrícolas: uma grade para o trator, um subsolador e um reboque.
Experiências
Coordenado pelo MDA, através da SAF, o Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com o Tabaco concede aos agricultores familiares produtores de fumo acesso à assistência técnica e extensão rural para produção de alimentos como alternativa economicamente viável à cultura do tabaco. A partir de cursos de capacitação, fomenta o acesso à informação e apoia na comercialização. O programa também apoia o desenvolvimento de pesquisas em parceria com universidades federais e estaduais, que apontam a realidade desses produtores em relação a danos ambientais e na saúde decorrentes da produção.
"A ideia é aproveitar todas as experiências exitosas que vêm sendo desenvolvidas nas propriedades rurais do município e multiplicá-las em outras localidades, respeitando sempre as identidades territoriais", explica Adriana Gregolin, coordenadora do programa.
Em 2011, a SAF publicou uma chamada pública no valor de R$ 11,4 milhões para prestar assistência técnica a dez mil famílias fumicultoras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Sergipe, Alagoas, Paraíba e Bahia. Em Dom Feliciano, a chamada vai beneficiar 160 famílias, com o intuito de propiciar ajuda técnica para a diversificação da produção e renda.
Além disso, para orientar os agricultores no processo de diversificação, um grupo de técnicos da assistência técnica e extensão rural, vinculados à Prefeitura Municipal de Dom Feliciano e à Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável, auxilia os agricultores do município. São agrônomos, veterinários e especialistas em áreas como a de produção de uva, construção de hortas ecológicas e criação de animais.
"Eu comecei a trabalhar com o fumo ainda criança, com meus pais. Depois me casei e vim morar na propriedade do meu sogro. Foi quando conheci os projetos de diversificação da prefeitura de Dom Feliciano. Comecei plantando um pouco de uva, depois plantei o pepino. Eu não estava preparado para diversificar, mas, com a ajuda dos técnicos, deu certo", esclarece Alex.
Diversificação
O Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco foi criado em 2005, quando o Brasil ratificou a Convenção-Quadro para o Controle de Tabaco (CQCT), e atende aos artigos 17 e 18 da convenção (que estimula o apoio a atividades alternativas economicamente viáveis). A convenção é o primeiro tratado internacional de saúde pública, que conta com a subscrição de 174 países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) e orienta a implantação, pelos países signatários, de políticas públicas que apoiem o combate ao tabagismo, considerado pela OMS uma epidemia não transmissível e mundial. No Brasil há cerca de 70 projetos de pesquisa, capacitação e assistência técnica e extensão rural (Ater) em apoio à diversificação para apoiar mais de 80 mil agricultores familiares. Juntos, esses projetos representam perto de R$ 17 milhões disponibilizados pelo MDA.
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