Investimentos totais do BNDES atingiram R$ 34,2 bilhões entre janeiro e abril
Os empréstimos para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs)
tiveram participação crescente no total de desembolsos do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre janeiro e abril,
correspondendo a 41% do total liberado. Foram 306,8 mil operações
realizadas, totalizando R$ 13,9 bilhões. Em 2011, os desembolsos para
essa categoria representaram 36% do total do banco. No primeiro
quadrimestre de 2012, somente por meio do Cartão BNDES, as MPMEs
realizaram 211 mil operações no período, no valor de quase R$ 3 bilhões.
O total de empréstimos do BNDES, entre janeiro e abril, foi de R$
34,2 bilhões, com crescimento de 1% na comparação com o mesmo período de
2011. As consultas, no total de R$ 73,8 bilhões, cresceram 37% no mesmo
intervalo. As consultas representam investimentos futuros e são uma
espécie de termômetro do comportamento da atividade econômica. Para o
banco, o crescimento nessa categoria indica disposição de novos
investimentos do setor empresarial brasileiro.
Somente em abril, as liberações de empréstimos do BNDES somaram R$
9,7 bilhões, valor 10% acima do desembolsado pelo banco em igual mês do
ano passado. As consultas subiram 36% na comparação mensal puxadas pela
infraestrutura, sobretudo pelo transporte ferroviário e energia
elétrica.
Para o BNDES, o aumento de consultas em abril reflete, também, a
redução de juros e a ampliação de prazos do Programa BNDES de
Sustentação do Investimento (BNDES PSI), adotadas naquele mês. Essas
medidas, somadas aos novos estímulos anunciados em maio, levam o Banco a
estimar desembolsos em torno de R$ 150 bilhões em 2012, acima dos R$
139 bilhões obtidos em 2011.
Nos primeiros quatro meses do ano, todos os setores apresentaram
expansão no nível de consultas em relação ao mesmo período do ano
passado: alta de 71% na indústria, de 22% na infraestrutura e de 17% na
agropecuária e em comércio e serviços. A expansão na indústria foi
puxada pelos segmentos de química e petroquímica e petróleo e gás.
O setor de infraestrutura respondeu por 39% (R$ 13,5 bilhões) do
total liberado, seguido pela indústria, com participação de 28% (R$ 9,4
bilhões), comércio e serviços (R$ 8,2 bilhões) e agropecuária (R$ 3
bilhões). Na infraestrutura, as maiores liberações ocorreram nos
projetos de transporte rodoviário (R$ 5,5 bilhões) e de energia elétrica
(R$ 4,2 bilhões). Já na indústria, o destaque foi o segmento de papel e
celulose, com desembolsos de R$ 1,7 bilhão.
(Portal Brasil)
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