6 de janeiro de 2012

Cooperação + solidariedade: a chave para diversificação e geração de renda

Dom Feliciano tem cinco programas de diversificação, que envolvem diversas ações e culturas como uva, pepino, hortifruti, criação de peixes, avicultura. Todos projetos passam pela COOPACS- Cooperativa Agropecuária Centro-Sul, porque juntos e de forma organizada os produtores têm facilidade de comercialização e melhores resultados produtivos

Secretário Celmar Limberger

Caminhão baú, fábrica de suco, cucas e pães, Programa de Aquisição de Alimentos- PAA, todas as ações da Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável e Meio Ambiente de Dom Feliciano passam pela COOPACS. O Secretário Celmar Limberger diz que um exemplo é a merenda escolar. “É mais fácil para os produtores , para secretaria da educação, para o setor financeiro que compra e efetua o pagamento”. Os produtores unem forças, e o município acaba ultrapassando o mínimo de 30%, determinado pela Lei Nº 11.947, que compromete os municípios a adquirirem produtos vindos direto da Agricultura Familiar.

Qual é o futuro das cooperativas?

Limberger - A idéia para qualquer cooperativa é que se torne autosuficiente e autônoma. A COOPACS começa a trabalhar sua marca própria para comercializar toda linha de produtos- hortaliças, feijão, arroz, não só para merenda escolar, mas para o comércio em geral. As cooperativas são propulsoras da agricultura familiar. Aquele produtor que tem o excedente de cinco, dez sacos de feijão, muitas vezes tem dificuldade de vendê-los. Aí, entra a cooperativa, juntando os dele e os cinco do vizinho. Beneficiado e embalado terá valor agregado.

O que se espera da marca COOPACS?

Tendo os produtos boa qualidade, a marca, com trabalho, terá seu espaço no mercado. Ela surge a partir da alimentação escolar, do Programa de Aquisição de Alimentos, pequenos mercados locais e mesmo regionais. Um engatinhar de fortalecimento para mercados maiores. A Cooperativa do Junco em Tapes é exemplo de arrojo e força. Hoje tem o arroz Ecológico registrado com distribuição em todo País. Uma luta que levou sete anos para se consolidar. Agora também produzem pães, cucas e bolachas dentro do Assentamento. Nós também teremos padaria comunitária. O suco de Dom Feliciano, mesmo sem uma marca, com quantidade mínima de produção, está difundido em toda região- percebemos que é um mercado. Queremos que a Cooperativa se aproprie deste mercado, tanto que estamos com este projeto de fruticultura, novos produtores na área da uva.

Como fica a fumicultura, diante das novas alternativas de geração de renda?

Estamos provando que é totalmente possível, viável, produzir fumo e diversificar com uva, hortaliças. O produtor de fumo tem que ter uma renda alternativa. O cultivo do fumo será reduzido, porque o mercado exige uma adequação nos volumes produzidos e qualidade. Aquela renda que ele tinha, poderá buscar com outras produções. É importante que, além do fumo, tenham uma alternativa de renda- não só anual.

O incentivo à diversificação é recente?

Sempre foi pregada. Quando há excesso de fumo, o agricultor percebe que poderia enfrentar melhor esta situação, se tivesse investido também em outras culturas. Não existe a menor possibilidade de se dizer para um produtor deixar de plantar tabaco para plantar alface, mas que reduza a área e comece a formar um parreiral, um pomar de laranjas. Daqui dois, três anos, ele terá renda adicional. O fumo é a principal economia do município. Não vamos achar que o fumo deixará de existir em Dom Feliciano. A própria Convenção-Quadro, em seus artigos, é bem clara que os governos devem incentivar alternativas à cultura do tabaco e que, aos poucos, vá se introduzido outras que agreguem e somem renda para o produtor. Não se termina a cultura do fumo por decreto- fumo é mercado.

A diversificação, junto aos fumicultores, como está?

Hoje todos os programas que estamos desenvolvendo são com produtores de fumo. Quase todos estão entrando na fruticultura. São produtores de fumo e continuarão produtores de fumo. A maior parte dos investimentos públicos municipais vão para a cultura do fumo- nesta safra, por exemplo, foram repassados cerca de um milhão de quilos de calcário. Queremos é diversificar, contabilizar mais renda aos produtores no interior do município.

Fonte: http://clenioprefeito.blogspot.com/

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