Nesta quarta-feira (18), mais de 10 mil sites intensificaram seu protesto contra o SOPA (Stop Online Piracy Act, ou Lei Contra a Pirataria Online, em português), projeto de lei do Congresso dos Estados Unidos que pretende combater a pirataria na rede. A versão estadunidense do Wikipedia iniciou um “blecaute” com duração de 24 horas.
Na página inicial do site, uma mensagem em letras brancas sob uma tela preta avisa a quem acessa: “Imagine um mundo sem conhecimento livre”. “Por mais de uma década, nós gastamos milhões de horas construindo a maior enciclopédia da história humana. Neste momento, o Congresso dos EUA está considerando uma lei que pode causar danos fatais à internet aberta e livre. Por 24 horas, para aumentar a conscientização, nós estamos fechando a Wikipedia”, completa o comunicado.
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O SOPA, conectado ao PIPA (Protect IP Act, Ato de Proteção do IP – identidade individual de cada servidor), é apoiado por empresas ligadas ao setor de entretenimento e farmacêutico e encabeçado pelo senador republicano Lamar Smith. Caso aprovado, o projeto permitiria que os EUA bloqueassem, em seu território, sites de busca, redes sociais e qualquer outro portal, nacional ou estrangeiro, que leve o usuário estadunidense a conteúdo pirateado ou falsificado. O projeto deverá ser debatido e votado no Senado a partir do próximo dia 24. Além disso, enfrentará votação preliminar no Comitê Judicial da Câmara de Representantes em fevereiro.
Além do Wikipedia, empresas como Google, Reddit, WordPress e Mozilla também participam do protesto, cada um à sua maneira. Em sua página inicial nos EUA, o WordPress exibe os tradicionais quadros que levavam a blogs, entretanto com tarjas pretas com o escrito “censurado”. Ao passar o mouse por cima, o site redireciona seu usuário a página do SOPA Strike, site que reúne informações sobre as conseqüências que podem ocorrer, caso o projeto seja aprovado, além de seguir com um abaixo-assinado a ser enviado ao congresso dos Estados Unidos, contra a lei.
“O protesto contra o SOPA é o maior protesto online jamais organizado. Várias centenas de milhões de pessoas verão mensagens sobre o risco de censurar a internet e isso não tem precedentes”, afirmou Tiffany Cheng, cofundadora do Fight for the Future, ONG que organiza o protesto.
Empresas como Facebook e Twitter também ameaçaram parar seus serviços por um dia, mas até o momento não participam ativamente do protesto desta quarta. Também não há qualquer previsão a respeito de uma data para uma possível paralisação dessas empresas.
A Casa Branca posicionou-se de forma contrária ao projeto por entender que ele poderá reduzir a liberdade de expressão, aumentar o risco da segurança cibernética e enfraquecer a “dinâmica e inovadora internet global”, destacou o comunicado oficial.
Com informações do Opera Mundi
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