22 de outubro de 2011

Etanol - Produção sustentável de biocombustíveis

O etanol brasileiro representa hoje a melhor e mais avançada opção para a produção sustentável de biocombustíveis em larga escala no mundo. Sob vários critérios, o etanol de cana-de-açúcar oferece um excelente exemplo de como as questões sociais, econômicas e ambientais podem ser equalizadas no contexto do desenvolvimento sustentável.
Brasil é o maior produtor mundial de etanol de cana-de-açúcar  O Brasil é o candidato natural a liderar a produção economicamente competitiva e a exportação mundial de etanol devido a menores custos de produção, balanço energético inigualável, enorme possibilidade de ampliação da produção de etanol e o domínio tecnológico nas áreas industrial e agrícola.
O  modelo brasileiro de fabricação de etanol a partir da cana-de-açúcar pode representar uma grande oportunidade para outros países em desenvolvimento. Mais de cem nações localizadas em regiões tropicais e subtropicais são produtores de cana-de-açúcar e, em alguma medida, possuem o potencial para reproduzir a experiência brasileira na produção de etanol. A adoção desse combustível como uma alternativa à gasolina reforçaria o setor agrícola por meio da geração de emprego e renda, além de aumentar a independência energética desses países em relação ao petróleo importado.

 
O etanol brasileiro possui inúmeras vantagens, tanto do ponto de vista econômico, como também ambiental e social. Mesmo sem qualquer tipo de subsídio governamental, é competitivo frente à gasolina. Também possui o menor custo de produção e o maior rendimento em litros por hectare. Em relação ao meio ambiente, reduz as emissões de gases de efeito estufa em cerca de 90% e a poluição atmosférica nos centros urbanos. Sua produção tem baixo consumo de fertilizantes e defensivos e apresenta níveis relativamente baixos de perdas do solo.
O Brasil utiliza o etanol como aditivo da gasolina desde a década de 1920. Oficialmente, o combustível produzido a partir da cana-de-açúcar foi adicionado à gasolina a partir de um decreto assinado em 1931.
Entretanto, somente com a criação do programa ProÁlcool, em 1975, é que o Brasil estabeleceu definitivamente a indústria do etanol combustível. Trata-se de um dos mais bem-sucedidos programas de substituição de combustíveis derivados do petróleo do mundo.
No início de 2003, os números do setor sucroalcooleiro demonstravam que o etanol estava praticamente acabando enquanto alternativa para o consumo de derivados de petróleo. Os níveis de consumo de etanol hidratado caíam ano a ano e a participação do etanol anidro estava estagnada à mercê do comportamento do mercado de gasolina.
Em janeiro de 2003, a frota de veículos movidos a etanol hidratado encontrava-se bastante reduzida quando comparada ao pico registrado em 1989, quando a participação de veículos movidos a etanol atingiu o pico de 40%. Ou seja, o parque circulante que demandava o produto estava sendo sucateado e não havia perspectivas para o aumento dessa frota. O ano de 2003 registrou um dos menores volumes de produção (e de consumo) de etanol hidratado em duas décadas.
No mesmo ano de 2003, os veículos flex-fuel foram introduzidos, fornecendo uma tecnologia eficiente a custos reduzidos e dando aos consumidores a oportunidade de escolher o tipo de combustível para abastecer seus veículos.
Os investimentos nos veículos flex-fuel e o fortalecimento da cadeia produtiva levaram a um grande crescimento no mercado doméstico de etanol, invertendo a tendência de queda do consumo de etanol ainda na Safra 2003/2004. Em 2008, o consumo interno do etanol ultrapassou o da gasolina e, atualmente, esse biocombustível é o principal combustível utilizado na frota de veículos leves no País.
Atualmente, cerca de 90% dos veículos leves licenciados no Brasil são flex-fuel. Entre 2003 e fevereiro de 2011, foram comercializados 12,95 milhões de veículos flex-fuel e sua participação estimada na frota total de veículos leves é de 43% (fev/2011).
Produção
O etanol é produzido nas regiões Nordeste e Centro-Sul, sendo que a região Centro-Sul é responsável por, aproximadamente, 90% da produção nacional, A principal região produtora de etanol é a Centro-Sul, com o estado de São Paulo responsável pelo fornecimento pela produção de 60% do biocombustível. O cultivo de cana-de-açúcar acontece a mais de 2.500 km da Floresta Amazônica e de outras áreas ecologicamente importantes como o Pantanal, por exemplo. Os outros 10% são produzidos na região litorânea do Nordeste, a igual distância da floresta.
A produção de etanol em 2010 atingiu a marca de 27,9 bilhões de litros, um grande aumento em relação ao volume de 2002/03 (12,5 bilhões de litros), antes da introdução dos veículos flex-fuel, projetados para serem abastecidos com etanol ou gasolina.
Com relação à capacidade produtiva, desde 2003, mais de 100 usinas de etanol entraram em operação no País. Em março de 2011, 436 usinas estavam em funcionamento, sendo 122 produtoras de etanol e 301 mistas (açúcar e etanol).
Desde o lançamento dos veículos flex-fuel, o governo brasileiro vem criando condições positivas para que a economia do etanol pudesse atingir um nível recorde de produtividade. O Brasil voltou à posição de destaque mundial na produção, utilização e exportação de biocombustíveis em larga escala. Hoje, o País é o segundo maior produtor mundial e o maior exportador de etanol.
Hoje em dia, o Brasil é internacionalmente reconhecido por sua eficiência na produção de cana-de-açúcar, expertise industrial e centros privados de desenvolvimento de tecnologia agrícola e melhoramento de espécies de cana-de-açúcar.
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