19 de outubro de 2011

Salário inicial médio do brasileiro cresce 6,16% de janeiro a setembro

Salário médio de admissão é o principal índice de mensuração da força salarial


De janeiro a setembro deste ano, os salários médios de admissão no País tiveram aumento de 6,16%, em relação ao mesmo período de 2010. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (18) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
De acordo com o ministro, o salário médio de admissão é o principal índice de mensuração da força salarial. “Esse é o segredo da economia brasileira, quanto mais salário, mais gente comprando e mais empregos sendo gerados”, afirmou Lupi.
Os dados demonstram também que, embora persistam as diferenças salariais, está havendo uma redução na diferença entre o menor e o maior salário de admissão. No período de janeiro a setembro de 2003, a diferença chegava a 72,92% e janeiro a setembro de 2011 caiu para 54,50%. “Isso é decorrência do aumento real do salário mínimo, da volta de migrantes ao Nordeste e do fortalecimento da economia”, disse o ministro.

No recorte por gênero, o aumento real do salário médio de admissão obtido pelos homens nos nove primeiros meses do ano foi de 7,28%, contra 4,39% de aumento para as mulheres. A conseqüência é o aumento na diferença na média dos salários iniciais entre mulheres e homens. A relação entre o salário real médio de admissão feminino versus masculino, que era de 87,64% em 2010 caiu para 85,28% em 2011.
No período de 2003 a 2011, verifica-se uma tendência de crescimento nos salários médios de admissão, em nível nacional, que passaram de R$ 683,62 em 2003 para R$ 939,90 em 2011, um aumento real de 37,49%. 
Esse comportamento favorável é resultado da elevação generalizada dos salários de admissão em todos os estados, com destaque para Rondônia, Alagoas, Piauí, e Maranhão. Por outro lado, as unidades da federação em que os trabalhadores tiveram menores ganhos reais foram o Distrito Federal, Amazonas e São Paulo.
Os dados demonstram também uma redução significativa da diferença entre o menor e o maior salário de admissão, que chegava a 72,92% de janeiro a setembro de 2003, e caiu para 54,50% no mesmo período de 2011.
No conjunto de todas as Unidades da Federação, os salários médios de admissão no período de 2003 a 2010 mostraram uma tendência ascendente para ambos os gêneros, apontando um ganho real de 41,38% para os homens, frente a um ganho real de 31,37% para as mulheres.
Os dados do Caged revelam que os salários médios reais de admissão das mulheres mostram uma maior representatividade nos níveis de escolaridade mais baixos: analfabeto (92,80%) e até o quinto ano incompleto do ensino fundamental (82,92%).

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