Fiquei chocado após ler na revista Veja uma série de entrevistas com várias pessoas que participaram na manifestação contra a corrupção acontecida em Brasília no último 7 de setembro. O choque deveu-se ao fato que nas palavras dos entrevistados li uma repetição dos chavões da grande mídia. Pareciam máquinas de Xerox a repetir as argumentações, e até termos específicos, que encontramos em reportagens e colunas de jornalistas da mídia corporativa, depreciativamente denominada PIG (Partido da Imprensa Golpista).
De fato, como já havíamos notado, a grande imprensa (a partir de um artigo de um artigo num jornal espanhol) repercutiu, açulou, convidou, relembrou a classe média sobre o evento procurando atrair o maior número de pessoas. Motivada por escusos interesses econômicos e políticos, a mídia foi o protagonista oculto (apesar de apontar como único responsável a dinâmica das redes sociais) dos acontecimentos.
E essa manipulação tende a continuar, seja pela mídia ou por grupos ideológicos e partidários desejosos de maior espaço político e poder tirando o mérito de um justo reclamo social que é a condenação da corrupção. Por isso devemos nos defender contra o perigo de sermos carneiros, ou vaquinhas de presépio.
A manifestação contra a corrupção não pode convenientemente acusar uns e proteger outros.
Abaixo a corrupção
-Devemos condenar tanto os corruptos (funcionários públicos, políticos)quanto os corruptores (empresários que compram facilidades e falcatruas).
-Devemos exigir a investigação não apenas em um, mas em todos os partidos políticos, pois a corrupção está presente de A a Z e em todos deve ser extirpada.
-Devemos expor os escândalos de todos os governos para não alimentar a impunidade naqueles que são omitidos.
Fora dessa postura democrática e ética é pura manipulação
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