18 de setembro de 2011

Taxar as grandes fortunas vai ajudar no financiamento da saúde pública

Na França, quem ganha mais de 500 mil euros por ano, tem a alíquota do imposto aumentada em 3%. Em Portugal, o percentual é de 2,5% a mais nos impostos dos que ganham mais de 153 mil euros anuais. Presidente da Ferrari, o italiano Di Montezemolo, também defendeu impostos maiores para os ricos. A idéia agrada ao deputado Elvino Bohn Gass (PT) que vê no aumento de impostos para os milionários brasileiros, uma forma de auxiliar o Governo Federal no financiamento da saúde pública.
“O Governo Dilma vem fazendo o possível para melhorar a saúde do povo brasileiro, mas esta é uma área que, a cada dia, exige mais recursos e, hoje, o Orçamento não atende todas as necessidades. Não dá mais para esperar, precisamos encontrar novas fontes de financiamento. Então, penso que é justo taxar as grandes fortunas, até porque, nenhuma delas foi obtida sem o esforço de muitos trabalhadores e trabalhadoras que dependem do Sistema Único de Saúde”, diz Bohn Gass.
A discussão sobre novas fontes de financiamento para a saúde é um dos temas que tem predominado na Câmara Federal por conta da necessidade de os parlamentares apreciarem a Emenda 29, que trata de recursos para o setor. “O objetivo da emenda é nobre, mas de nada adiantará aprovar percentuais maiores se não soubermos de onde sairá o dinheiro. A lei, por si, não resolve nada. É preciso que tenha aplicação”, analisa o parlamentar.
Bohn Gass lembra que, desde 2007, a saúde conta com R$ 20 bilhões a menos em seu orçamento porque “a oposição, movida pela vingança contra o presidente Lula, e não pelo interesse público, derrubou no Senado a prorrogação da CMPF, tributo destinado especificamente ao custeio da saúde pública, da previdência social e do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza.”

No dia 20 de setembro próximo, uma Comissão Geral, no plenário da Câmara, vai debater a regulamentação da Emenda 29 e, inevitavelmente, a questão do financiamento da saúde pública. “Será a hora certa para que apresentemos a idéia de taxar os milionários”, finaliza Bohn Gass.

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