19 de novembro de 2011

Economia gaúcha cresce 5,6% e mantém índice superior à média nacional

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A economia do Rio Grande do Sul cresceu 5,6% até setembro, mantendo índice superior à média nacional em todas as análises de 2011. Os números do Índice Trimestral de Atividade Produtiva (ITAP) gaúcha foram divulgados, nesta quinta-feira (17), por técnicos da Fundação de Economia e Estatística (FEE). De acordo com o economista Martinho Lazzari, que coordenou o estudo, "a boa notícia é que no Rio Grande do Sul a desaceleração da economia é menor, o que coloca o Estado em posição muito boa no cenário nacional e na comparação com outros". Para o Brasil, os dados do IBGE indicam crescimento em torno de 3,5%.

No terceiro trimestre, o crescimento econômico no RS foi de 3,3%, o que representa uma retração de 0,3% em relação ao trimestre anterior. "Esses dados mostram de maneira bem clara que, ainda que o índice seja positivo, existe uma desaceleração, característica do momento nacional. Mas no Rio Grande do Sul essa desaceleração econômica é mais lenta pela característica do perfil das atividades do Estado, concentradas na agropecuária e nas exportações, que vivem um excelente momento", explica Lazzari.

O setor agropecuário continua impulsionando o crescimento da economia gaúcha, mantendo o primeiro lugar em expansão no trimestre: 4,2%, seguido dos serviços (3,4%) e da indústria (2,1%). No total do ano de 2011 (três trimestres, até setembro), as atividades agrícolas tem 14,2% de crescimento, enquanto o setor de serviços tem 5,3% e o da indústria 3%.

Projeção otimista para o RS no fechamento de 2011

A perspectiva dos economistas da FEE para o fechamento dos números de 2011 também é otimista para o Rio Grande do Sul. De acordo com o presidente da FEE, Adalmir Marchetti, a perspectiva é que o Estado cresça em torno de 5% ao final do ano, enquanto o Brasil, segundo as projeções do IBGE, deve ficar em torno de 3,5%.

"Estes resultados são muito positivos, considerando a realidade nacional e internacional, que é de crise econômica ainda mais profunda. O Rio Grande do Sul não pode perder este momento, e no que depender do Governo do Estado faremos o que for possível no sentido de aportar recursos para movimentar este ciclo virtuoso da economia gaúcha", afirma o secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta. O titular da Seplag lembra que os financiamentos com o BNDES e Bird, em fase de aprovação, tem a finalidade principal de garantir investimentos na retomada do desenvolvimento.

Entretanto, a partir de 2012, ainda que o ano inicie com desaceleração da economia, a perspectiva é de retomada do crescimento no Brasil, na faixa dos 5%. "Não sabemos como evoluirá a crise na Europa e quais as mudanças econômicas que serão adotadas pelo Governo Federal, mas a conjuntura atual e as ações sinalizadas pelo Governo apontam para um momento de recuperação já a partir de 2012", ressaltou a economista Cecíilia Hoff, supervisora do Centro de Informações Estatísticas da FEE.

Produtos

Ainda relacionados aos números do terceiro trimestre de 2011, os produtos que tiveram crescimento destacado no período foram o milho (14,1%), a laranja (11,6%) e o fumo (4,7%), no setor de agropecuária. Nos Serviços, a maior expansão foi no comércio (4,4%), intermediação financeira (3,4%) e administração pública e alugueis (2,7%). Na indústria, o fumo atingiu o primeiro lugar, com 17,4%, seguido de máquinas e equipamentos (9,4%) e produtos de metal (5,1%).

Ainda participaram da apresentação dos números da FEE o diretor técnico da Fundação, André Scherer, e o coordenador do Núcleo de Contabilidade Social, Juarez Meneghetti.

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