Da Redação
Silvio Berlusconi não é mais primeiro-ministro da Itália. A renúncia foi apresentada no sábado (12) ao presidente italiano Giorgio Napolitano e confirmada pela assessoria de comunicação da presidência. Com isso, encerra-se um período de 17 anos na liderança política da Itália.
Uma reunião entre o primeiro-ministro e seu provável sucessor, o ex-comissário da UE Mario Monti, durou cerca de duas horas e indicava a iminência da mudança de comando. Na prática, a mudança estava confirmada desde terça-feira (8), quando Berlusconi prometeu ao presidente Napolitano que renunciaria ao posto assim que fosse aprovado o plano de austeridade discutido junto à União Europeia (UE) para conter a grave crise econômica da Itália.
Sem apoio no governo e vivendo grave crise de popularidade junto à população italiana, Silvio Berlusconi teve sua saída comemorada em frente ao Parlamento e ao Palácio Quirinale, com gritos de “mafioso”, “ladrão” e “o jogo acabou”. Pouco antes de assinar o termo de renúncia, Berlusconi falou à imprensa italiana e se disse “profundamente ferido” pelas críticas e ofensas. Na terça-feira que marcou a promessa de renúncia, o agora ex-premiê teve uma vitória com sabor de derrota no parlamento: aprovou as contas de 2010, mas a maioria dos deputados recusou-se a votar, marcando o fim da maioria governista.
No sábado, o parlamento da Itália aprovou a lei de austeridade solicitada pela UE e encaminhada pelo Senado no dia anterior. Entre as medidas aprovadas pelos deputados italianos está o aumento do imposto sobre valor agregado, de 20% para 21%, o congelamento dos salários de servidores até 2014 e ou aumento da idade mínima de aposentadoria para as trabalhadoras do setor privado, de 60 anos em 2014 para 65 em 2026. Foi aprovado também o endurecimento nas medidas contra a evasão fiscal e um imposto especial para o setor de energia. A ideia do pacote é economizar 59,8 bilhões de euros.
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