Magistério quer implantação imediata do piso nacional da categoria
A manhã de hoje em São Lourenço do Sul, como em outros municípios do Estado, foi marcada pelo desfile cívico de 7 de setembro, mas uma situação diferenciada ocorreu no evento. Os professores da cidade decidiram boicotar a programação reivindicando a implantação do piso nacional do magistério.
Sem a participação dos professores, o evento ficou esvaziado, já que as escolas são responsáveis pela maioria dos pelotões que passam pela Rua Júlio de Castilhos. O desfile foi preenchido pelas entidades sociais da cidade. Apenas duas escolas participaram do ato cívico. Segundo o prefeito José Sidney Nunes de Almeida, dos 503 professores municipais, apenas 160 recebem menos de R$ 1.179 por 40 horas de trabalho, como prevê a legislação do piso.
O prefeito ressaltou que um novo plano de carreira foi elaborado recentemente no município e prevê a implantação gradual dos novos valores. No entanto, garante que adotar o piso imediatamente como quer o sindicato da categoria pode comprometer 55% da receita de São Lourenço do Sul com a folha de pagamento. Almeida lembra que, conforme a lei de responsabilidade fiscal, o comprometimento de mais de 51% da receita com pessoal implica em sanções que chegam à demissão de funcionários e responsabilidade criminal do gestor público.
O prefeito garantiu que a adoção do piso imediatamente inviabiliza o município, cuja receita líquida é de R$ 50 milhões. A administração pretende aguardar novos desdobramentos sobre a lei do piso nacional para tomar providências.
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