"enxergar o trabalhador como cidadão"
A presidenta Dilma Rousseff afirmou na segunda-feira (30), em
pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, que todo
trabalhador tem o direito de usufruir de tudo que o seu país produz. Na
véspera do feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador, a presidenta Dilma
disse que não quer ser apenas a presidenta que cuida do desenvolvimento
do país, mas ser a que cuida, especialmente, do desenvolvimento das
pessoas.
“Não quero ser a presidenta que cuida apenas do desenvolvimento
do país, mas aquela que cuida, em especial, do desenvolvimento das
pessoas. Cuidar do desenvolvimento das pessoas significa lutar por uma
saúde melhor para os brasileiros pobres e de classe média; significa
prover educação de qualidade em todos os níveis. (…) Cuidar do
desenvolvimento das pessoas significa lutar incessantemente para acabar a
pobreza extrema em todas as regiões do país; significa enxergar o
trabalhador como cidadão e, por isso, pleno de direitos civis;
enxergá-lo também como consumidor, com condição de comprar todos os bens
e serviços que sua família precise para viver de maneira cômoda e
feliz”.
Dilma Rousseff iniciou o pronunciamento oficial enfatizando que 1º de
Maio “é um bom dia para refletirmos sobre uma verdade nem sempre
lembrada”, disse ela. E completou: “tudo que um país produz é fruto do
esforço do trabalhador e, por isso, todo trabalhador tem o direito de
usufruir de tudo que o seu país produz”.
“Para usufruir cada vez mais da riqueza do Brasil, o trabalhador
brasileiro precisa de melhores empregos, de salário digno, educação de
qualidade e formação profissional adequada às necessidades do mundo
moderno. Para garantir esses direitos do trabalhador, o país necessita
consolidar seu crescimento, equilibrar sua economia, diminuir as
desigualdades, proteger sua indústria e sua agricultura, desenvolver
novas tecnologias e ser, cada vez mais, competitivo e soberano no
mundo”.
A presidenta, durante o pronunciamento, lembrou que o esforço do
governo em reduzir os juros faz parte da luta de proporcionar às
famílias brasileiras condições dignas de consumo.
“A economia brasileira só será plenamente competitiva quando
nossas taxas de juros, seja para o produtor, seja para o consumidor, se
igualarem às taxas praticadas no mercado internacional. Quando
atingirmos este patamar, nossos produtores vão poder produzir e vender
melhor, e nossos consumidores vão poder comprar mais e pagar com mais
tranquilidade”.
A presidenta Dilma enfatizou que é inadmissível que o Brasil, “que
tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com
um dos juros mais altos do mundo”. Segundo destacou, “o Brasil de hoje
não justifica isso. Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos
juros para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic
cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros
honra, com presteza e honestidade, os seus compromissos”.
Durante o pronunciamento, a presidenta Dilma disse também que é preciso encontrar mecanismos que permitam diminuição dos impostos para produtores e para consumidores, além de uma taxa de câmbio que possibilite a defenda da indústria e da agricultura brasileiras.
“Para que o nosso país tenha uma economia mais forte é preciso,
ainda, que encontremos mecanismos que permitam uma diminuição
equilibrada dos impostos para produtores e para consumidores. E também
que tenhamos uma taxa de câmbio que defenda nossa indústria e nossa
agricultura, em suma, os nossos empregos, e que o governo utilize os
recursos públicos, sempre de forma eficiente e honesta, para que a
população sinta, da forma mais efetiva possível, o bom retorno do
imposto que paga”.
Dilma Rousseff enfatizou ainda que seu governo não deixará de cobrar
que todos façam sua parte para o crescimento do Brasil e de todos os
brasileiros. “Garanto às trabalhadoras e aos trabalhadores brasileiros
que vamos continuar buscando meios de baixar impostos, de combater os
malfeitos e os malfeitores e, cada vez mais, estimular as coisas
bem-feitas e as pessoas honestas de nosso país”, disse.
(Blog do Planalto)
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