O Ministério da Fazenda anunciou, nesta segunda-feira (21), mais uma série de medidas para estimular o crédito e aquecer a economia brasileira
Desta vez, o principal foco é a indústria automobilística.O
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre carros
populares, até 1.000 cilindradas, será praticamente zerado a partir
desta terça-feira (22) e ficará neste patamar até 31 de agosto.
Atualmente esta taxa está em 7%.
“O Brasil é o maior mercado automobilístico do mundo, com exceção da
China e dos Estados Unidos”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
ao anunciar as mudanças. E acrescentou que governo pretende que o País
continue a ser um protagonista global (global player) importante nesta
área.
Têxteis; calçados; confecções; produtos da linha branca,
eletroeletrônicos, de informática e telecomunicações estão entre os
vários setores que já receberam este tipo de estímulo. A renúncia fiscal
do governo, com a redução destes impostos, será de R$ 1,2 bilhão em
três meses. Em contrapartida, o setor automotivo se comprometeu a
anunciar imediatamente descontos especiais nos preços dos veículos e a
preservar os empregos dos trabalhadores.
Segundo a Fazenda, as montadoras darão descontos de 2,5% sobre os
preços de tabela dos carros populares, com até 1.000 cilindradas. Para
automóveis entre 1.000 e 2.000 cilindradas, o desconto será 1,5%. E os
utilitários, terão desconto de 1%. Somados, os descontos do governo e os
das montadoras devem totalizar cerca de 10% de redução no preço final
dos carros, avalia o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Outras medidas
Também a partir desta terça-feira, a alíquota do Imposto sobre
Operações Financeiras incidentes sobre o crédito para pessoa física será
reduzida de 2,5% ao ano (0,0068% ao dia) para 1,5% ao ano (0,0041% ao
dia). Essa desoneração tributária acarretará uma renúncia fiscal para o
governo federal de R$ 900 milhões também até 31 de agosto, mas a Fazenda
lembra que esta medida não tem prazo para acabar.
Além disso, o governo vai reduzir o volume de recursos que os bancos
são obrigados a recolher ao banco central, o chamado compulsório. O
objetivo da medida, explicou Guido Mantega, é disponibilizar um volume
maior de crédito ao consumidor e reduzir o custo desse crédito. Segundo o
ministro, os bancos também vão aumentar o número de parcelas do crédito
à pessoa física, reduzir a entrada para a aquisição de bens e reduzir o
custo dos juros dos empréstimos.
Outra medida é a redução das taxas de juros do Programa de
Sustentação de Investimento (PSI), linha de crédito do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinada à aquisição de
caminhões e ônibus, máquinas e equipamentos, entre outros.
Redução do IPI para automóveis
O governo decidiu baixar o IPI incidente sobre os veículos de passeio
e comerciais leves até 31 de agosto de 2012. Para automóveis com
motores entre 1.000 e 2.000 cilindradas, o imposto cai de 11% para 6,5%.
No caso dos utilitários, a redução é de 4% para 1%. Essas alíquotas
valem para os automóveis bicombustível, fabricados no Brasil e no
Mercosul, incluídos no Regime Automotivo. Para as empresas que estão
fora do regime, o IPI segue com o adicional de 30 pontos percentuais.
Guido Mantega destacou que o governo decidiu baixar o IPI do setor
automotivo porque possui uma cadeia produtiva longa, com alto impacto em
outras indústrias e na atividade econômica de forma geral. O ministro
destacou ainda que o setor é um dos que mais investe no Brasil e tem
mantido esses importantes investimentos na economia nacional no último
quadriênio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário!!