14 de dezembro de 2011

“E AÍ, O CALÇAMENTO?”

“Vão calçar alguma rua?” pergunta Marinês Gomes da Silva. “Se meia dúzia pode e outra não, o que acontece? A gente tá comendo terra. Isso já tem mais de 40 anos, tempo que moro aqui. Em época de eleição, eles sempre dizem que está dentro do plano de governo”
 
 No Viegas apenas duas ruas têm pavimentação completa− Cruz Alta e Livramento. Na Soledade falta um pequeno trecho para a conclusão e na Teodolino Viegas pouco mais da metade está calçada. “Para as outras 15, resta, principalmente, pó, que traz uma série de desconfortos para moradores e comerciantes”, diz o vice-presidente da Associação de Moradores, Marco Longaray. “A Prefeitura não tem uma política para calçamento de ruas nos bairros populares”, lamenta.
Pondera que, se for considerado o que foi feito nos últimos 20 anos, “dá para imaginar que até o ano de 2100 o bairro, talvez, ainda não esteja totalmente calçado”. “E isso tem que ser mudado se não quisermos continuar comendo pó ou enfrentando o barro, nos dias de chuva”, lamenta.
Segundo ele, há duas formas de viabilizar calçamento, através de emendas parlamentares, que são recursos vindos do orçamento da União por iniciativa de parlamentares, como as dos Deputados Federais Mendes Ribeiro (PMDB) e Paulo Pimenta (PT) para a Rua Soledade, sem custos para os moradores, ou através da compra de pedras e meio-fio pelos interessados. No último caso,  a Prefeitura entraria com a areia e a mão-de-obra.
Rosa Kunde ajudou a formular o abaixo-assinado com cerca de 400 assinaturas de moradores
Em audiência com o prefeito de Camaquã,  Ernesto Molon a direção da ABAV- Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Viegas, solicitou que a Prefeitura estude a possibilidade de aumentar o prazo de pagamento dos materiais- hoje oferecido somente em até quatro prestações, para que se efetive mais calçamentos em ruas de bairros populares.
 
Conta que dá dor de cabeça
 
O morador tenha um terreno de 10m de frente numa  rua com 12m de largura e o custo da pedra (bloquete) a R$ 28,00 o metro quadrado: 10m de frente x 6m (até a metade da rua) x R$ 28,00 = R$ 1.680,00. Este valor tem que ser desembolsado à vista ou, no máximo, em até quatro vezes para a empresa fornecedora do bloquete. “E aí está todo o problema, como os moradores com renda baixa vão pagar à vista ou em até quatro vezes?”, diz Marco.
 
Fonte: http://viegasjornal.blogspot.com/
Fotos: Luciane Godinho

Um comentário:

  1. Pensei que infra-estrutura fosse de responsabilidade da prefeitura! Onde ja se viu um negócio desses? além do IPTU ainda querem que a gente invista no patrimônio público? porque a rua não vai ser só minha porque eu paguei, vai ser de todos, inclusive do senhor Ernesto Molon!

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