26 de fevereiro de 2012

Clima de otimismo marca último dia da 22ª Abertura da Colheita do Arroz


Foto destaque Um clima de otimismo e de união de forças para a manutenção de um cenário positivo para o setor arrozeiro gaúcho marcou a solenidade oficial da 22ª Abertura da Colheita do Arroz, realizada hoje (25), em Restinga Seca. O secretário em exercício da Agricultura, Pecuária e Agronegócio e presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira, destacou os contrastes entre a abertura passada e a atual.
"Tivemos um ano de 2011 de muita luta, marcado pelo desânimo e pela falta de esperança, com uma safra cheia, mas com preços baixos. Foi a união dos governos federal e estadual e das entidades que nos fez vitoriosos, e com a recuperação dos preços conseguimos estancar a hemorragia", disse Pereira.

Longo prazo O presidente ressaltou, no entanto, que apenas os problemas imediatos foram sanados e que é preciso agora retomar as discussões sobre problemas crônicos do setor. "Vamos discutir propostas de longo prazo para proteger nossos produtores da concorrência desleal do Mercosul", frisou.
Ainda segundo Pereira, a atitude não é protecionismo, mas sim uma iniciativa para garantir renda e o arroz de cada dia na mesa dos brasileiros. Questões como o aumento da TEC (Tarifa Externa Comum) para terceiros mercados, e do endividamento dos produtores, também foram citadas por Pereira como prioridades da pauta a ser encaminhada ao Governo Federal.

Políticas públicas "Precisamos construir políticas públicas para o setor, que são fundamentais para que o produtor plante seu futuro e não sua falência", disse. O presidente do Irga, que é ex-prefeito de Santa Vitória do Palmar, ressaltou ainda a importância da cultura arrozeira para a Metade Sul do Estado. "O que seria da minha região sem as lavouras de arroz? Garantir o sucesso das lavouras de arroz é garantir um cenário positivo para a economia gaúcha".

Relevância O governador Tardo Genro destacou a relevância do arroz na base econômica do estado, assim como a função social da cultura. "O arroz está na origem do desenvolvimento agrícola do Rio Grande do Sul, tem uma função de agregação social e de distribuição de renda", apontou. Tarso reforçou a manutenção de uma grande unidade do governo e entidades em torno de questões relativas ao setor arrozeiro. "Vamos fazer uma articulação que coloque o arroz e o Rio Grande do Sul em primeiro lugar. Agora é a vez do arroz entrar na pauta das políticas estruturantes", reforçou.

Ministério O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, disse que o governo federal vai enfrentar o desafio das assimetrias com o Mercosul. "Vamos proteger os produtores sim. Colocar o Ministério a serviço de quem produz". Sobre os mecanismos para manutenção de preços, o ministro informou que a intenção é continuar com as operações, para que os valores do arroz continuem em alta. "Vamos pensar na política do arroz de forma especial. Agora é a hora do arroz", concluiu o ministro.

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