6 de fevereiro de 2012

Recursos para ciência e tecnologia crescem 8 vezes em 12 anos

Os recursos para a ciência, tecnologia e fomento da inovação nas empresas brasileiras passaram de R$ 1,5 bilhão, em 2000, para R$ 12,2 bilhões em 2012, contando com crédito e investimento federais.


Só o orçamento do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) aumentou de R$ 2,3 bilhões em 2003 para R$ 7,9 bilhões em 2010 e R$ 8,9 bilhões no ano passado.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico (FNDCT), que representa cerca de metade do orçamento do MCTI, atingiu R$ 3,1 bilhões em 2010 (Veja gráfico abaixo) e o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) cresceu 52,6% entre 2010 e 2011, quando foram contratados R$ 2,5 bilhões.
O objetivo da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) é fomentar o espírito inovador presente na comunidade científica brasileira no setor privado. No Brasil, 45,7% do gasto em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é feito pelas empresas enquanto essa proporção está perto de 70% em vários dos países dinâmicos tecnologicamente, como os Estados Unidos, Alemanha, China, Coréia e Japão. Além da participação do setor empresarial nos esforços tecnológicos brasileiros ainda estar abaixo dos níveis observados internacionalmente, boa parte das inovações realizadas pelo setor produtivo são de processo - baseadas na aquisição de tecnologias incorporadas em máquinas e equipamentos. Embora a taxa de inovação na indústria (número de empresas inovadoras em relação ao total) tenha crescido de 33,4% para 38,1%, entre 2005 e 2008, apenas 4,1% das indústrias criaram um produto efetivamente novo, ou substancialmente aperfeiçoado, para o mercado nacional.
Para mudar essa situação, de acordo com a ENCTI, o desafio será o de desenvolver novas modalidades e instrumentos de apoio, parceria, compartilhamento de riscos e coordenação com os segmentos empresariais e nos setores prioritários. E também estabelecer regras para o investimento direto estrangeiro, visando a internalizarão de centros de P&D, a transferência de tecnologias e associação com empresas nacionais.
A política de C,T&I é vista pela ENCTI como parte do processo de desenvolvimento sustentável do País, pois os impactos da ciência e da tecnologia são transversais à atividade econômica. Novas técnicas podem mudar o cenário da conservação dos recursos naturais e elevar os padrões de vida da população brasileira, a partir da crescente incorporação de novas tecnologias ao processo produtivo e da apropriação dos benefícios gerados.

(Em Questão)

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