A Emater/RS-Ascar montou uma estação na 12ª Expoagro Afubra para tratar do manejo ecológico do solo, por meio da consorciação de determinados tipos de plantas, para mostrar aos agricultores como recuperar solos pobres e degradados. O evento encerra-se nesta sexta-feira (23), no Parque de Exposições Hainsi Gralow, em Rincão Del Rey, no município de Rio Pardo.
Na estação Manejo Ecológico do Solo, os técnicos da Emater/RS-Ascar explicam como a consorciação de gramíneas e leguminosas - milheto e crotalária; feijão miúdo e cana de açúcar; e milho e crotalária - pode ser benéfica para recuperação do solo.
Conforme explica o assistente técnico regional em solos da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, Luiz Antônio Rocha Barcellos, as leguminosas, como, por exemplo, o feijão e a crotalária, auxiliam na fixação do nitrogênio no solo e na reciclagem de nutrientes (fósforo e potássio). "O nitrogênio é bom para o desenvolvimento das culturas", afirma.
Quando está em floração, a crotalária pode ser derrubada, ficando sobre o solo, para o plantio de plantas de cobertura de inverno. Barcellos destaca ainda outra vantagem da leguminosa. "Ela também ajuda no controle de nematoides, que atacam principalmente a cultura da soja e algumas hortaliças", ressalta. O milheto, por sua vez, cria pequenos canais através de suas raízes, facilitando a infiltração de água e descompactando o solo.
Além das propriedades de cada tipo de planta, os técnicos também explicam de que forma o correto espaçamento entre linhas na hora do plantio pode resultar no sucesso da lavoura. "Alguns produtores de cana de açúcar deixam apenas 80 cm de espaço entre as linhas. Com isso, a planta não tem espaço para se desenvolver e apresenta baixa produtividade", salienta o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Formigueiro, Flávio Rodrigues.
No caso da cana de açúcar, alerta Rodrigues, o espaçamento ideal é de 1,4 m, com cerca de 15 a 18 gemas por metro. Para a cultura do milho, a diminuição do espaçamento pode trazer benefícios. "As raízes mais próximas ajudam na agregação do solo", explica Barcellos. Além disso, "o menor espaçamento ‘abafa' o inço", completa.
Para facilitar a visualização por parte do público que visitar a estação Manejo Ecológico do Solo, foram abertas trincheiras onde é possível observar a profundidade das raízes de leguminosas e gramíneas cultivadas no local e seus efeitos no solo. Os visitantes poderão conhecer ainda uma técnica de produção de mudas de forrageiras em bandejas, difundida pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Agudo, Francisco Traesel, e o plantio destas pastagens com adubos orgânicos de produção caseira, como cama de aves, composto orgânico e biofertilizantes.
Texto e foto: Júlio Fiori
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305
Na estação Manejo Ecológico do Solo, os técnicos da Emater/RS-Ascar explicam como a consorciação de gramíneas e leguminosas - milheto e crotalária; feijão miúdo e cana de açúcar; e milho e crotalária - pode ser benéfica para recuperação do solo.
Conforme explica o assistente técnico regional em solos da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, Luiz Antônio Rocha Barcellos, as leguminosas, como, por exemplo, o feijão e a crotalária, auxiliam na fixação do nitrogênio no solo e na reciclagem de nutrientes (fósforo e potássio). "O nitrogênio é bom para o desenvolvimento das culturas", afirma.
Quando está em floração, a crotalária pode ser derrubada, ficando sobre o solo, para o plantio de plantas de cobertura de inverno. Barcellos destaca ainda outra vantagem da leguminosa. "Ela também ajuda no controle de nematoides, que atacam principalmente a cultura da soja e algumas hortaliças", ressalta. O milheto, por sua vez, cria pequenos canais através de suas raízes, facilitando a infiltração de água e descompactando o solo.
Além das propriedades de cada tipo de planta, os técnicos também explicam de que forma o correto espaçamento entre linhas na hora do plantio pode resultar no sucesso da lavoura. "Alguns produtores de cana de açúcar deixam apenas 80 cm de espaço entre as linhas. Com isso, a planta não tem espaço para se desenvolver e apresenta baixa produtividade", salienta o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Formigueiro, Flávio Rodrigues.
No caso da cana de açúcar, alerta Rodrigues, o espaçamento ideal é de 1,4 m, com cerca de 15 a 18 gemas por metro. Para a cultura do milho, a diminuição do espaçamento pode trazer benefícios. "As raízes mais próximas ajudam na agregação do solo", explica Barcellos. Além disso, "o menor espaçamento ‘abafa' o inço", completa.
Para facilitar a visualização por parte do público que visitar a estação Manejo Ecológico do Solo, foram abertas trincheiras onde é possível observar a profundidade das raízes de leguminosas e gramíneas cultivadas no local e seus efeitos no solo. Os visitantes poderão conhecer ainda uma técnica de produção de mudas de forrageiras em bandejas, difundida pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Agudo, Francisco Traesel, e o plantio destas pastagens com adubos orgânicos de produção caseira, como cama de aves, composto orgânico e biofertilizantes.
Texto e foto: Júlio Fiori
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305
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