2 de março de 2012

Estudo do Detran/RS aponta redução de 6,6% nas vítimas fatais de trânsito no RS


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Um estudo divulgado pelo Detran/RS, nesta quinta-feira (1º), destaca que o Rio Grande do Sul começa a reverter seus índices de acidentes de trânsito. O Diagnóstico da Acidentalidade de 2011 mostra que, após seis anos de crescimento constante no número de mortes (acompanhando o aumento da frota e do número de condutores) no ano passado foi registrada redução de 6,6% no número de vítimas fatais e 5,8% nos acidentes com mortes em relação a 2010.

Foram 2.025 vítimas fatais e 1.819 acidentes com mortes, em 2011, contra 2.167 vítimas e 1.932 acidentes, em 2010, com pelo menos 142 vidas poupadas. Os dados consideram não somente as vítimas que morreram no local, mas até 30 dias após o acidente, conforme metodologia internacional adotada pelo Detran/RS.

"Essa nova sistemática possibilita um conjunto de análise mais eficiente para que possamos orientar as ações de combate a acidentalidade", destacou o presidente do Detran/RS, Alessandro Barcellos. "E os números desse ano apontam que as ações que realizamos, em 2011, estão produzindo resultados. Estamos no caminho certo."


Mantida a tendência de redução, o Estado ultrapassará a meta estabelecida pela ONU para esta Década de Ação pela Segurança no Trânsito: reduzir em 50% as vítimas de trânsito até 2020. Para alcançar esse objetivo, a redução média anual no RS deveria ser de 3,3%, chegando a 1.562 mortes a menos em 2020.

Faixas etárias
Apesar de continuar sendo a faixa etária com maior participação no total de vítimas fatais (31%), os jovens de 18 a 29 anos morreram menos em 2011. Foram 96 mortes a menos este ano, uma redução de 14% em relação a 2010. O ano registrou aumento, entretanto, das vítimas na faixa etária de 50-54 anos (22%). Nas faixas extremas, a maioria dos óbito ocorreu por atropelamento: 41% por cento dos mortos tinham até 14 anos e 44% dos mortos com mais de 60 anos eram pedestres.

Motos
Entre os 495 motociclistas vítimas de acidentes de trânsito, 220 (44%) estavam na faixa dos 18 aos 29 anos. Vinte deles morreram conduzindo uma motocicleta antes de atingir a idade mínima para possuir habilitação. O percentual de pedestres vítimas de acidentes de trânsito aproximou-se do percentual de motociclistas, que representam o grupo mais crítico: 21% dos mortos estavam na condição de pedestres, enquanto os motociclistas representaram 24%. Também chama a atenção o percentual de ciclistas entre as vítimas fatais: foram 128 mortos (6% do total).

Custos sociais e econômicos
Pesquisa do Ipea de 2006 estimou em R$ 6,7 bilhões anuais o custo dos acidentes de trânsito (R$1,1 bi em mortes e R$ 5,6 em feridos). A pesquisa calculou os custos sociais e econômicos, levando em conta fatores como: cuidados em saúde (hospitalar, pré e pós, perda de produção, remoção/traslado, IML e funeral), custos do veículo (danos materiais, perda de carga, remoção/guincho ou pátio, reposição/conserto), custos da via e ambiente (danos à propriedade pública, privada e ambientais) e custos institucionais (atendimento, judiciais, policiais), mais um conjunto de sequelas (traumas, estresse, etc.). Considerando esse cálculo, em 2011, o RS teve um passivo estatístico evitado de mais de R$ 100 milhões (atualizados pelo IPCA).

Pontos críticos da acidentalidade com vítimas fatais
O mapa da acidentalidade, disponibilizado pelo Detran/RS no site www.detran.rs.gov.br, aponta 132 pontos críticos em 50 municípios, que concentraram 20% das mortes (1.925 dos 9.708) no Rio Grande do Sul, de 2007 a 2011. O mapa e a tabela dos pontos críticos serão uma ferramenta importante para os gestores de trânsito municipais, indicando onde estão concentrados os acidentes dentro de cada município e, portanto, onde deve haver uma intervenção (de engenharia, fiscalização, sinalização, etc).

Janeiro de 2012
Os números deste 1º mês do ano acompanham a tendência de redução dos acidentes e mortes no trânsito. Houve uma redução de 23,5% no número de mortes em relação a janeiro de 2011, 24,3% em relação a janeiro de 2010.

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