“Não podemos fingir que não vemos milhares de pessoas  morrerem de sede todos os dias e ainda achar que isto não tem a ver  conosco ou com o modo como tratamos a água. A legislação não tem o poder  de resolver este drama, mas pode evitar que ele se amplie ou que, num  futuro bem próximo, o Brasil viva a mesma tragédia que já se 
constata, por exemplo, na África”, diz Bohn Gass.
constata, por exemplo, na África”, diz Bohn Gass.
         Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o deputado gaúcho  admitiu que eventuais iniciativas parlamentares, seja para a modificação  da Lei de Concessões ou para a criação de novos mecanismos que diminuam  os riscos de escassez de água, devem ser precedidas de amplo debate.  “Por óbvio que estamos falando de um processo de conscientização e,  portanto, de algo que exige muita discussão e estudo. O importante,  porém, é que não nos furtemos a fazê-los”, disse.
         Bohn Gass citou o caso do município gaúcho de São Luiz  Gonzaga, na região das Missões, onde o prefeito, apesar da contrariedade  já manifestada da população e até da Câmara de Vereadores, rompeu o  contrato de concessão que mantinha com uma empresa pública – a Companhia  Riograndense de Saneamento (Corsan) – e já iniciou o processo de  privatização do serviço. “O debate foi parar na Justiça porque várias  ações – populares e da própria Corsan – estão tentando barrar a  privatização. Mas o que se discute por lá, são possíveis ilegalidades do  edital e não o mais importante que é o direito de todos os cidadãos  terem acesso à água. Isto passa, necessariamente, por uma legislação não  deixe este recurso fundamental nas mãos selvagens do mercado”,  concluiu.
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