5 de março de 2012

Debatendo o futuro dos pedágios






O Governo do Estado, a Assembleia Legislativa, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e diversos segmentos da sociedade gaúcha estão promovendo um amplo debate em torno do modelo de pedágios em vigor no Estado e a alternativa a ser adotada a partir de 2013, quando se encerra o contrato com as concessionárias que exploram as estradas gaúchas. O alto valor pago pela sociedade em pedágios com investimentos aquém da previsão contratual estão entre os aspectos que sustentam a necessidade de uma nova política que modifique radicalmente os contratos atuais.

Especificamente no Vale do Taquari, dados divulgados pela imprensa local a partir de informações repassadas pela concessionária responsável dão conta de que 31 mil carros de passeio passam diariamente nos pedágios de Marques de Souza, Cruzeiro do Sul, Encantado e Fazenda Vilanova, resultando numa arrecadação de R$ 186 mil em um único dia, se calculado o bilhete a R$ 6,00.

Em abril de 2011, na condição de presidente da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, em conjunto com o deputado Raul Carrion (PC do B), fui proponente e presidi audiência pública que teve como objetivo debater alternativas ao modelo vigente de pedágios nas nossas rodovias. No entendimento deste deputado, o modelo de pedágios do tipo comunitário – com tarifas menores - que, por primar pela participação das respectivas comunidades na aplicação das receitas, é o mais eficaz. Se for implantado no RS, levará em conta a manutenção e ampliação da malha rodoviária e resgatará a credibilidade da sociedade no sistema, através do retorno dos valores pagos pelos usuários com a realização de obras e serviços de apoio nas rodovias, que garantam qualidade e boa trafegabilidade.

De uma coisa a população gaúcha pode ficar certa: a saída a ser encontrada pelo Governo do Estado honrará o compromisso assumido publicamente pelo governador Tarso Genro de defender os interesses da sociedade e não os de uma minoria representada pelos donos das concessionárias, como ocorre com o atual modelo.


* Luis Fernando Schmidt - Deputado Estadual/PT

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