O programa Ciência Sem Fronteiras enviou para instituições de ensino superior norte-americanas, neste ano, 321 estudantes bolsistas de 14 ramos das engenharias.
Eles fazem parte da primeira chamada para graduação-sanduíche que, no conjunto, selecionou 525 universitários de diversas áreas do conhecimento para estudar, de seis a 12 meses, nos Estados Unidos.
As engenharias estão no núcleo das prioridades do Ciência sem Fronteiras, que é um programa do governo federal de incentivo e fomento à qualificação profissional nos níveis técnico, de graduação e pós-graduação. Entre as engenharias que tiveram maior número de graduandos selecionados nesta edição, aparecem a engenharia elétrica com 79 alunos, a mecânica, com 71, a de produção, com 56, e a de química, com 48.
Nas demais áreas do conhecimento, estão em destaque, quanto ao número de bolsistas, ciência da computação, com 66 estudantes, medicina, 20, biologia geral e geociências, com 17 universitários cada. Foram selecionados também nove universitários que estudam física, seis de desenho industrial, sete de farmácia, sete de química.
Dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) mostram que os 525 bolsistas foram distribuídos entre 108 instituições de ensino superior, sendo que 13 delas receberam dez ou mais alunos. Nesse quesito se destacam a University of Nebraska, com 28 universitários, a University of Colorado – Boulder, 19, o Rensselaer Polytechnic Institute, com 15, e a University Idaho, com 14.
Origem – Os 525 brasileiros ganhadores das bolsas de graduação-sanduíche são originários de 120 municípios de 21 estados e do Distrito Federal e representam as cinco regiões do país. Da região Nordeste foram selecionados 100 universitários de 18 municípios. Fortaleza e Recife aparecem como as cidades que tiveram maior número de bolsistas na região – 30 de Fortaleza e 17 de Recife.
Entre os estados com maior número de municípios com bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras enviados aos Estados Unidos estão São Paulo, com 31 municípios, Minas Gerais (21), Rio Grande do Sul (14) e Paraná (11). Já os estados de Alagoas, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Piauí participaram com um município cada, a capital. Juntas, essas unidades da Federação tiveram 28 estudantes ganhadores de bolsas.
Instituições – No Brasil, 81 instituições de ensino superior, públicas e privadas, tiveram estudantes selecionados. Oito dessas instituições, todas universidades públicas, aparecem com mais de 20 graduandos enviados aos Estados Unidos. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) tem 41 bolsistas, seguida da Universidade de Brasília (UnB), 30; Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal do Ceará (UFC), com 28 universitários cada, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com 23, e a Estadual de Campinas (Unicamp), com 21.
Benefícios – Os bolsistas de graduação sanduíche têm direito a bolsa de estudos com duração de seis a 12 meses, podendo estender-se a 15 meses quando incluir curso de idioma; auxílio para instalar-se no país; passagens aéreas de ida e volta, e seguro saúde.
(Ionice Lorenzoni MEC)
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